Senhor ministro não tenha medo das Ciências da Educação

Aceite este tom marcadamente subjetivo, mas não consigo deixar de o ter, face ao muito que já foi dito pela Agência de Avaliação  e Acreditação do Ensino Superior ( a A3ES que avalia e acredita a formação de professores), pelo Conselho Superior dos Institutos Politécnicos (CCISP), pela ARIPESE (associação que congrega um conjunto significativo de ESE públicas) e, ainda, por colegas, professores universitários, também formadores de professores, com quem temos vindo a desenvolver frutuosas parcerias, nomeadamente ao nível de mestrados e doutoramentos.

No dia da minha agregação à Universidade de Lisboa, submeti o meu trabalho de cerca de 20 anos à análise, discussão e avaliação de um júri  constituído por colegas, professores de um politécnico e das universidades de Aveiro, Minho e Lisboa. Desse júri recebi o reconhecimento e validação do que tenho vindo a  fazer. Simbolicamente esta e outras agregações revelam o reconhecimento pela universidade da relevância do nosso trabalho.

Senhor ministro, não tenha medo das Ciências da Educação que, em parceria com as áreas das metodologias específicas do ensino da Língua Portuguesa, da Matemática, das Ciências Sociais e da Natureza, e das Artes, se constituem quadro integrador das aprendizagens. Elas fazem parte das competências fundamentais de qualquer professor ou educador.

Senhor ministro, permita que a A3ES faça o seu relevante trabalho de avaliação que já levou ao encerramento de alguns cursos menos qualificados. Permita que o sistema de avaliação de professores regule a profissão. Peça à Inspecção-Geral de Educação que continue a avaliar as escolas e, nelas, o desempenho dos nossos ex-formandos. Escute os responsáveis pelas escolas públicas, não-públicas e semi-públicas. E aceite que, tal como com certeza na universidade em que é professor, possa entrar no sistema um ou outro professor menos bem preparado. Não os submeta a humilhantes exames. Crie condições para que eles, nos seus contextos de trabalho, possam evoluir e aprender enquanto ensinam, possam criar cultura e servir de forma competente e ética futuros cidadãos, ajudando-os a tornarem-se membros activos da sociedade.

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Aceite este tom marcadamente subjetivo, mas não consigo deixar de o ter, face ao muito que já foi dito pela Agência de Avaliação  e Acreditação do Ensino Superior ( a A3ES que avalia e acredita a formação de professores), pelo Conselho Superior dos Institutos Politécnicos (CCISP), pela ARIPESE (associação que congrega um conjunto significativo de ESE públicas) e, ainda, por colegas, professores universitários, também formadores de professores, com quem temos vindo a desenvolver frutuosas parcerias, nomeadamente ao nível de mestrados e doutoramentos.

No dia da minha agregação à Universidade de Lisboa, submeti o meu trabalho de cerca de 20 anos à análise, discussão e avaliação de um júri  constituído por colegas, professores de um politécnico e das universidades de Aveiro, Minho e Lisboa. Desse júri recebi o reconhecimento e validação do que tenho vindo a  fazer. Simbolicamente esta e outras agregações revelam o reconhecimento pela universidade da relevância do nosso trabalho.

Senhor ministro, não tenha medo das Ciências da Educação que, em parceria com as áreas das metodologias específicas do ensino da Língua Portuguesa, da Matemática, das Ciências Sociais e da Natureza, e das Artes, se constituem quadro integrador das aprendizagens. Elas fazem parte das competências fundamentais de qualquer professor ou educador.

Senhor ministro, permita que a A3ES faça o seu relevante trabalho de avaliação que já levou ao encerramento de alguns cursos menos qualificados. Permita que o sistema de avaliação de professores regule a profissão. Peça à Inspecção-Geral de Educação que continue a avaliar as escolas e, nelas, o desempenho dos nossos ex-formandos. Escute os responsáveis pelas escolas públicas, não-públicas e semi-públicas. E aceite que, tal como com certeza na universidade em que é professor, possa entrar no sistema um ou outro professor menos bem preparado. Não os submeta a humilhantes exames. Crie condições para que eles, nos seus contextos de trabalho, possam evoluir e aprender enquanto ensinam, possam criar cultura e servir de forma competente e ética futuros cidadãos, ajudando-os a tornarem-se membros activos da sociedade.

Professora Coordenadora Principal (aposentada) da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Lisboa.