Nelson Mandela: um exemplo, uma lição

A morte de Nelson Mandela fecha um capítulo da história que perdurará para as gerações futuras. É um exemplo, uma lição, uma demonstração de que existem homens de enorme dimensão e capazes de fazer toda a diferença

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Siphiwe Sibeko/Reuters

Morreu Nelson Mandela. Um dos grandes símbolos mundiais, figura inspiradora para muitos, um homem com uma grande lição de vida. As palavras liberdade e democracia terão uma constante ligação a Mandela, ex-presidente da República da África do Sul e Prémio Nobel da Paz. Também o desporto aparece associado a Mandela, que usou a selecção de rugby, campeã mundial em 1995, como factor de unificação nacional da África do Sul. Citando-o: “O desporto pode criar esperança onde antes havia apenas desespero. O desporto tem o poder de mudar o mundo”. Verdade.

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Morreu Nelson Mandela. Um dos grandes símbolos mundiais, figura inspiradora para muitos, um homem com uma grande lição de vida. As palavras liberdade e democracia terão uma constante ligação a Mandela, ex-presidente da República da África do Sul e Prémio Nobel da Paz. Também o desporto aparece associado a Mandela, que usou a selecção de rugby, campeã mundial em 1995, como factor de unificação nacional da África do Sul. Citando-o: “O desporto pode criar esperança onde antes havia apenas desespero. O desporto tem o poder de mudar o mundo”. Verdade.

Com a morte desta figura carismática foram muitos os títulos, as frases, as aberturas de notícias e noticiários, onde se destaca a grande perda para os sul-africanos, o apagar de uma luz que servia de guia em termos de conduta e moral. E de facto, de cada vez que alguém morre, há algo que se apaga, que deixa de existir. Que deixa de estar presente e que faz falta, de uma maneira particular, a quem está mais perto dessa pessoa.

E nesse aspecto, a morte de Nelson Mandela não deixa de ser igual a todas as outras mortes. Não discutindo toda a carga simbólica do seu desaparecimento, morrer acaba por ser sempre igual no sentimento de perda, no vazio que fica, nas memórias guardadas. Há sempre a luz que se apaga. Todos os dias existem Mandelas a morrerem na vida de cada um de nós. Pela sua dimensão, pelo exemplo de vida, pela falta que fazem. A morte dói numa só medida.

Morrer foi a forma que alguém encontrou para mostrar que precisamos de saber viver. De que existe um limite de tempo que não se consegue controlar e por isso as oportunidades não podem ser desperdiçadas. A finitude diz que chegará o dia em que não vamos estar cá, mas o mesmo não será dizer que deixamos de cá ficar. Com a mensagem transmitida ao longo de todos os dias, as acções praticadas, a marca que fica nos familiares, nos amigos, em todas as pessoas que se cruzam na caminhada.

A morte de Nelson Mandela fecha um capítulo da história que perdurará para as gerações futuras. É um exemplo, uma lição, uma demonstração de que existem homens de enorme dimensão e capazes de fazer toda a diferença. De alguma forma marcando, sem forma de apagar, a sua passagem terrena.