Empresa de Barcelos contrata professora primária para ensinar trabalhadores

Vinte e cinco por cento dos trabalhadores da empresa têm formação superior, mas o patrão queixa-se de que, hoje, os jovens não sabem a tabuada nem escrever.

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"Oitenta por cento dos jovens com o 12.º ano não sabem a tabuada", diz João Cortez Fernando Veludo/Arquivo

Segundo João Cortez, a empresa irá assim "substituir-se" ao Estado, dando aos trabalhadores a formação que eles deveriam ter tido "há muitos anos". "Como o Estado não forma, terá de ser a empresa a fazê-lo", afirmou.

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Segundo João Cortez, a empresa irá assim "substituir-se" ao Estado, dando aos trabalhadores a formação que eles deveriam ter tido "há muitos anos". "Como o Estado não forma, terá de ser a empresa a fazê-lo", afirmou.

A Celoplás, que se dedica ao fabrico de plásticos para a indústria, foi distinguida nesta terça-feira como a melhor pequena e média empresa (PME) do Minho, num prémio atribuído pela Associação Comercial e Industrial de Barcelos e pela Casa de España em Lisboa. Em 2013, terá uma facturação de 22,5 milhões de euros, contando com 137 trabalhadores, duas dezenas dos quais admitidos ao longo deste ano. Vinte e cinco por cento dos trabalhadores têm formação superior.

"O problema é que, nos dias de hoje, 80% dos jovens com o 12.º ano não sabem escrever nem sabem a tabuada, e é essa lacuna que queremos colmatar com a contratação de uma professora primária, para dar formação aos nossos trabalhadores", sublinhou João Cortez.

Na categoria de Grandes Empresas, o vencedor do Prémio Excelência atribuído por aquelas duas entidades foi a multinacional alemã Continental Mabor, implantada em Famalicão.