Estação Espacial Internacional anda há 15 anos às voltas à Terra

O primeiro módulo do maior programa espacial de cooperação internacional foi lançado há uma década de meia.

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Estação Espacial Internacional: 400 toneladas a orbitar a Terra a 27.700 quilómetros por hora NASA

A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é o maior programa de cooperação internacional para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, e conta com a participação de cinco agências espaciais: a europeia (ESA), a canadiana (CSA), a norte-americana (NASA), a japonesa (JAXA) e a russa (Roscosmos).

O módulo russo foi utilizado como fonte de energia e armazenamento nas fases iniciais da montagem da ISS. O nome russo atribuído, Zaria, significa amanhecer, como um bom presságio para uma nova era da cooperação espacial que conta com a colaboração de 14 países, dez dos quais pertencem à ESA (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Noruega, Suécia e Suíça).

Habitada em permanência por seis astronautas, a ISS dá 16 voltas àTerra em cada dia, a uma velocidade de 27.700 quilómetros por hora. Tem como objectivo estudar a Terra e o seu clima, o Sol e as suas características, as partículas e as radiações do Universo, além de permitir muitas outras experiências em ambiente de microgravidade, enquanto anda em redor do planeta a uma altura de 320 quilómetros.

A ISS foi crescendo à medida que os módulos foram sendo acrescentados, como o laboratório Columbus, em 2008 – a maior contribuição da ESA. Neste laboratório, é possível fazer cultura de tecidos vivos, estudar o comportamento de líquidos na ausência de gravidade, verificar os efeitos da microgravidade no corpo humano ou analisar as propriedades dos metais. Para 2015 está previsto o lançamento de um módulo laboratorial multidisciplinar com um braço robótico acoplado, pela Roscosmos.

Ainda da responsabilidade da ESA é, desde 2008, o abastecimento da estação espacial com alimentos, água, ar, combustível ou outros materiais, assim como, a recolha de todos os desperdícios produzidos. Estes cargueiros espaciais carregam oito toneladas de mantimentos e, depois de seis meses acoplados à ISS, regressam à Terra com mais de seis toneladas de lixo. Ardem assim que entram na atmosfera terrestre.

O custo previsto para a ISS, desde o início da sua concepção até ao fim dos seus dias, previstos para 2028, é de 100.000 milhões de euros, 8000 milhões dos quais serão suportados pelos dez países da ESA envolvidos no projecto. Contas feitas, no final deste programa a ESA terá gasto o equivalente a um euro ao ano por cada cidadão europeu.

Para festejar o aniversário da Estação Espacial Internacional ninguém precisa de gastar um euro sequer, mas de contribuir no Twitter (usando a “hashtag” #ISS15) ou no Google+ com fotografias, ideias ou histórias.
 
 
 
 

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A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é o maior programa de cooperação internacional para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, e conta com a participação de cinco agências espaciais: a europeia (ESA), a canadiana (CSA), a norte-americana (NASA), a japonesa (JAXA) e a russa (Roscosmos).

O módulo russo foi utilizado como fonte de energia e armazenamento nas fases iniciais da montagem da ISS. O nome russo atribuído, Zaria, significa amanhecer, como um bom presságio para uma nova era da cooperação espacial que conta com a colaboração de 14 países, dez dos quais pertencem à ESA (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Holanda, Itália, Noruega, Suécia e Suíça).

Habitada em permanência por seis astronautas, a ISS dá 16 voltas àTerra em cada dia, a uma velocidade de 27.700 quilómetros por hora. Tem como objectivo estudar a Terra e o seu clima, o Sol e as suas características, as partículas e as radiações do Universo, além de permitir muitas outras experiências em ambiente de microgravidade, enquanto anda em redor do planeta a uma altura de 320 quilómetros.

A ISS foi crescendo à medida que os módulos foram sendo acrescentados, como o laboratório Columbus, em 2008 – a maior contribuição da ESA. Neste laboratório, é possível fazer cultura de tecidos vivos, estudar o comportamento de líquidos na ausência de gravidade, verificar os efeitos da microgravidade no corpo humano ou analisar as propriedades dos metais. Para 2015 está previsto o lançamento de um módulo laboratorial multidisciplinar com um braço robótico acoplado, pela Roscosmos.

Ainda da responsabilidade da ESA é, desde 2008, o abastecimento da estação espacial com alimentos, água, ar, combustível ou outros materiais, assim como, a recolha de todos os desperdícios produzidos. Estes cargueiros espaciais carregam oito toneladas de mantimentos e, depois de seis meses acoplados à ISS, regressam à Terra com mais de seis toneladas de lixo. Ardem assim que entram na atmosfera terrestre.

O custo previsto para a ISS, desde o início da sua concepção até ao fim dos seus dias, previstos para 2028, é de 100.000 milhões de euros, 8000 milhões dos quais serão suportados pelos dez países da ESA envolvidos no projecto. Contas feitas, no final deste programa a ESA terá gasto o equivalente a um euro ao ano por cada cidadão europeu.

Para festejar o aniversário da Estação Espacial Internacional ninguém precisa de gastar um euro sequer, mas de contribuir no Twitter (usando a “hashtag” #ISS15) ou no Google+ com fotografias, ideias ou histórias.