Reprodução europeia de leopardos-da-pérsia tem coordenador no zoo de Lisboa

José Dias Ferreira foi convidado para coordenar o programa de reprodução de subespécie em perigo de extinção.

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O leopardo-da-pérsia está em perigo de extinção Tamar Assaf

Muitas espécies existentes nos parques zoológicos estão em risco de extinção na natureza. Para manter as populações viáveis dentro de cada um desses parques, existem equipas de especialistas a investigar a melhor forma de gerir as espécies sob cuidados humanos. Quando o risco de extinção é muito elevado, estabelece-se um Programa Europeu de Espécies Ameaçadas (EEP), que implica a gestão das populações de uma determinada espécie mediante reprodução controlada (com selecção de parceiros), aliada a uma campanha de conservação no terreno.

O sucesso do zoo de Lisboa com a reprodução do leopardo-da-pérsia (Panthera pardus saxicolor) fez com que se tornasse parceiro de um projecto russo de reintrodução desta subespécie, que consiste na reprodução dos animais no Parque Nacional de Sóchi, na Rússia, com posterior reintrodução das crias nas montanhas do Cáucaso. O casal de leopardos-da-pérsia que o zoo de Lisboa cedeu tinha gerado oito crias no zoo, e desde que chegou à Rússia, em Julho deste ano, já teve mais duas – as primeiras a nascer no Cáucaso nos últimos 50 anos.

O zoo de Lisboa foi o primeiro parque zoológico a transferir um casal de leopardos-da-pérsia para a Rússia. Além de coordenar o EEP, vai agora integrar um grupo de cinco especialistas que darão apoio técnico neste processo de reintrodução. Foi ainda convidado a dar formação no maneio destes animais aos técnicos do centro de reprodução de Sóchi.

Os EEP são promovidos pela Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA, na sigla em inglês) junto dos seus associados. O zoo de Lisboa colabora em 64 EEP, sendo ainda coordenador do EEP do saguim-imperador. Colabora e coordena também alguns studbooks europeus e internacionais: livros de registos de dados que aglutinam toda a informação genealógica, veterinária e de transferências entre parques zoológicos das espécies ameaçadas contempladas, mas num grau menos intensivo que o do EEP. Entre os studbooks que o Jardim Zoológico de Lisboa coordena estão o da tartaruga-espinhosa e o da impala-de-face-negra.
 
 
 
 

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Muitas espécies existentes nos parques zoológicos estão em risco de extinção na natureza. Para manter as populações viáveis dentro de cada um desses parques, existem equipas de especialistas a investigar a melhor forma de gerir as espécies sob cuidados humanos. Quando o risco de extinção é muito elevado, estabelece-se um Programa Europeu de Espécies Ameaçadas (EEP), que implica a gestão das populações de uma determinada espécie mediante reprodução controlada (com selecção de parceiros), aliada a uma campanha de conservação no terreno.

O sucesso do zoo de Lisboa com a reprodução do leopardo-da-pérsia (Panthera pardus saxicolor) fez com que se tornasse parceiro de um projecto russo de reintrodução desta subespécie, que consiste na reprodução dos animais no Parque Nacional de Sóchi, na Rússia, com posterior reintrodução das crias nas montanhas do Cáucaso. O casal de leopardos-da-pérsia que o zoo de Lisboa cedeu tinha gerado oito crias no zoo, e desde que chegou à Rússia, em Julho deste ano, já teve mais duas – as primeiras a nascer no Cáucaso nos últimos 50 anos.

O zoo de Lisboa foi o primeiro parque zoológico a transferir um casal de leopardos-da-pérsia para a Rússia. Além de coordenar o EEP, vai agora integrar um grupo de cinco especialistas que darão apoio técnico neste processo de reintrodução. Foi ainda convidado a dar formação no maneio destes animais aos técnicos do centro de reprodução de Sóchi.

Os EEP são promovidos pela Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA, na sigla em inglês) junto dos seus associados. O zoo de Lisboa colabora em 64 EEP, sendo ainda coordenador do EEP do saguim-imperador. Colabora e coordena também alguns studbooks europeus e internacionais: livros de registos de dados que aglutinam toda a informação genealógica, veterinária e de transferências entre parques zoológicos das espécies ameaçadas contempladas, mas num grau menos intensivo que o do EEP. Entre os studbooks que o Jardim Zoológico de Lisboa coordena estão o da tartaruga-espinhosa e o da impala-de-face-negra.