Sonda indiana sofreu incidente de percurso

Responsável pela missão para Marte da nave Mangalyaan diz que a sonda permanece “de boa saúde”.

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A sonda Mangalyaan antes da partida AFP/Manjunath KIRAN

O motor da nave, que fora ligado para aumentar a distância máxima entre a sonda e a Terra de 71.263 para 100.000 quilómetros, não conseguiu colocá-la à altitude prevista.

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O motor da nave, que fora ligado para aumentar a distância máxima entre a sonda e a Terra de 71.263 para 100.000 quilómetros, não conseguiu colocá-la à altitude prevista.

Contudo, em declarações à cadeia de televisão indiana NDTV, citadas pelo site noticioso britânico, Koppillil Radhakrishnan, director da ISRO, esclareceu que a sonda se encontra “de boa saúde” e que, para compensar a falha, o seu motor tornará a ser ligado pelas 23h30 desta segunda-feira (hora de Lisboa). Actualmente, o apogeu da Mangalyaan (a distância máxima entre a sonda e a Terra) é de apenas 78.276 quilómetros.

O disparo “deficiente” do propulsor foi a quarta de uma série de manobras destinadas a fazer com que a sonda, que se encontra em órbita à volta da Terra, adquira a velocidade suficiente para conseguir fugir à atracção gravitacional terrestre e partir, a 1 de Dezembro, em direcção ao planeta vermelho.

Segundo disse à BBC News Pallava Bagla, director da NDTV, dois dos 852 quilos de combustível que a sonda levou consigo foram usados nesta mais recente manobra – mas a nave ainda tem um excesso de quatro quilos de combustível em relação ao programado, o que lhe deverá permitir realizar a manobra adicional.

Se tudo correr bem durante esta próxima manobra, está prevista ainda uma outra do mesmo tipo a 16 de Novembro – a última da série –, que deverá fazer com que a sonda atinja um apogeu de 192.000 quilómetros.

O propulsor deverá ser ligado uma derradeira vez à chegada da Mangalyaan a Marte, de forma a reduzir a sua velocidade e permitir a sua colocação em órbita marciana.