Madeira demora 1405 dias a pagar aos fornecedores

Apesar do atraso, dados mostram que região reduziu prazos de pagamento em 279 dias no espaço de um trimestre.

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CP foi a empresa que mais reduziu o quadro de pessoal, tendo eliminado mais de mil postos de trabalho PÚBLICO/Arquivo

Entre Abril e Junho, a administração regional registou um prazo médio de pagamento de 1684 e vinha num crescendo desde o início do ano, já que, até Março, apresentou um atraso de 1864 dias. Isto depois de, no final de Dezembro, os prazos se terem situado nos 1767 dias, revela a DGO, que ficou responsável pela divulgação destes dados quando entrou em vigor o programa Pagar a Tempo e Horas, em 2008. Quanto à Região Autónoma dos Açores, não foi disponibilizada informação.

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Entre Abril e Junho, a administração regional registou um prazo médio de pagamento de 1684 e vinha num crescendo desde o início do ano, já que, até Março, apresentou um atraso de 1864 dias. Isto depois de, no final de Dezembro, os prazos se terem situado nos 1767 dias, revela a DGO, que ficou responsável pela divulgação destes dados quando entrou em vigor o programa Pagar a Tempo e Horas, em 2008. Quanto à Região Autónoma dos Açores, não foi disponibilizada informação.

Quanto à administração central, os dados mostram que há 20 entidades públicas que estão a pagar aos fornecedores com uma demora superior a 60 dias. Com 346 dias de prazo médio de pagamento, a lista é encabeçada pelo Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliações Culturais, tutelado pela Presidência do Conselho de Ministros. Seguem-se as Oficinas Gerais de Fardamento e Equipamento (192 dias), a Direcção-Geral das Actividades Económicas (151 dias) e o Instituto Português do Desporto e Juventude (145 dias).

A DGO não reporta informação relativa às empresas públicas, mas dados recentemente publicados pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, que tem essa competência, mostram que o prazo médio de pagamento destas entidades atingiu os 145 dias no final do segundo semestre de 2013, tendo descido dez dias face ao trimestre anterior.

Dentro do sector empresarial do Estado, o atraso é mais elevado nos hospitais EPE, em que chega a haver dez casos em que o atraso é superior a um ano. Já nas empresas públicas, a demora é, em média, de 44 dias, embora haja situações em que ultrapasse largamente esse patamar. A CP, a Parque Expo e a OPART são as entidades com maior derrapagem, sanando os compromissos junto dos fornecedores a 161, 128 e 114 dias, respectivamente.