Cavaco Silva defende que competitividade em Portugal não passa por salários baixos

A decisão de aumentar o salário mínimo, disse o Presidente, “é uma matéria que é tratada no Conselho Permanente da Concertações Social”.

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Cavaco Silva Miguel Madeira

As declarações de Cavaco Silva foram realizadas após ter sido confrontado com o relatório divulgado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no qual se aconselha Portugal a ponderar aumentar o salário mínimo e no qual se concluiu que, com a ajuda da Europa, o país pode criar cem mil empregos até 2015.

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As declarações de Cavaco Silva foram realizadas após ter sido confrontado com o relatório divulgado nesta segunda-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no qual se aconselha Portugal a ponderar aumentar o salário mínimo e no qual se concluiu que, com a ajuda da Europa, o país pode criar cem mil empregos até 2015.

“É por isso que insisto sempre muito no conhecimento, na inovação, criatividade e em encontrar capacidades acrescidas para podermos concorrer no mundo que é, de facto, global”, sublinhou em Tomar, à margem da inauguração do Centro de Inovação Tecnológica da IBM.

A decisão de aumentar o salário mínimo, lembrou, “é uma matéria que é tratada no Conselho Permanente da Concertações Social”.

Cavaco Silva utilizou o momento, contudo, para apelar aos empresários portugueses para “aproveitarem as oportunidades que certamente vão surgir com a recuperação da economia portuguesa e com o crescimento da economia europeia”.

“O meu apelo aos empresários portugueses é o de que não se atrasem e aproveitem as oportunidades”, afirmou.

Antes, durante a inauguração a que presidiu do Centro de Inovação e Tecnologia da IBM, o Presidente da República definiu três “desafios que Portugal enfrenta”: a "criação de emprego jovem e de elevada qualificação”; o reconhecimento de que “Portugal está preparado para receber o investimento internacional e que se perfila como uma das localizações mais competitivas da Europa; e a aposta no conhecimento e inovação como “factores-chave de crescimento da economia portuguesa”.