Fernando Ruas não exclui que o seu futuro político passe pelo Parlamento Europeu

No dia em que deixou a presidência da Câmara de Viseu, o ainda líder da Associação Nacional de Municípios Portugues, que também abandonará dentro de dias, admite que está a analisar vários cenários. Parlamento Europeu pode ser um deles.

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Autarca abandonou cerimónia na fase de apresentação de cumprimentos Foto: Nuno Ferreira Santos

O social-democrata, que também deixará a liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses em Novembro, disse ainda que a escolha que vier a fazer - entre as "solicitações de vária ordem" que lhe têm sido dirigidas - será feita em função "daquilo que achar melhor".

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O social-democrata, que também deixará a liderança da Associação Nacional dos Municípios Portugueses em Novembro, disse ainda que a escolha que vier a fazer - entre as "solicitações de vária ordem" que lhe têm sido dirigidas - será feita em função "daquilo que achar melhor".

No dia em que cessou funções como presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas admitiu que o mais "normal" é não voltar ao lugar que ocupou durante 24 anos, mas lembrou que, apesar de ter levado "um cartão vermelho", por via da Lei de Limitação de Mandatos, ficará liberto da "pena" em 2017. "Se daqui a quatro anos me apetecer voltar, não tenho de pedir licença a ninguém", avisou.

No final da cerimónia de tomada de posse do social-democrata Almeida Henriques como novo presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas confessou que a emoção foi mais forte do que esperava, razão pela qual teve de sair ainda durante a apresentação dos cumprimentos ao novo executivo. "Nunca pensei que fosse deixar-me ir abaixo em situações como esta, mas, com esta relação com os funcionários e com os cidadãos, confesso que não estava preparado e foi-me fatal", disse. "Preparei-me para tudo. Dei tudo a conhecer ao novo presidente. Mas nesta parte afectiva não me preparei", concluiu.

Almeida Henriques sucedeu a Fernando Ruas e ontem, na tomada de posse, o novo autarca prometeu dar a Viseu uma "voz liderante na região e influente no país". "Pretendo uma voz em rede com os municípios com quem Viseu forma uma comunidade e uma região. Uma voz forte e esclarecida perante o poder central, de quem reclama e espera transparência, lealdade e cooperação", frisou.