Alunos oferecem congelador à Universidade de Coimbra (sim, é uma crítica à subida da propina)

Alunos manifestam-se contra "desinvestimento" no Ensino Superior a 30 de Outubro. Esta quinta-feira a Associação Académica de Coimbra vai entregar um congelador à universidade

Foto
Nelson Garrido

A Associação Académica de Coimbra (AAC) vai manifestar-se dia 30 de Outubro contra “o desinvestimento” no Ensino Superior, e na quinta-feira entregará um congelador à universidade numa acção de protesto contra a subida da propina. A proposta da manifestação foi apresentada pelo movimento “A Alternativa és Tu” e aprovada durante a assembleia magna da AAC, que começou perto das 21h00 de segunda-feira, na Cantina dos Grelhados, e que se prolongou durante cerca de cinco horas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Associação Académica de Coimbra (AAC) vai manifestar-se dia 30 de Outubro contra “o desinvestimento” no Ensino Superior, e na quinta-feira entregará um congelador à universidade numa acção de protesto contra a subida da propina. A proposta da manifestação foi apresentada pelo movimento “A Alternativa és Tu” e aprovada durante a assembleia magna da AAC, que começou perto das 21h00 de segunda-feira, na Cantina dos Grelhados, e que se prolongou durante cerca de cinco horas.

A AAC vai também concentrar-se junto à Porta Férrea da Universidade de Coimbra, na quinta-feira, dia 17 de Outubro, e entregar um congelador à reitoria como forma de protesto contra o aumento do valor das propinas, numa proposta apresentada pela direcção-geral da associação. A acção de protesto, com o mote “Agora já podem congelar a propina?”, surge no seguimento da iniciativa de protesto nacional “Quintas-feiras Negras no Ensino Superior”, aprovado no último Encontro Nacional de Direções Associativas, a 15 de Setembro.

O presidente da direcção-geral da AAC, Ricardo Morgado, afirmou à agência Lusa que as diversas iniciativas de protesto aprovadas em "magna" visam “alertar contra os cortes de financiamento do Ensino Superior”, assim como contra a subida do valor da propina. O líder estudantil considerou que o Orçamento de Estado poderá trazer “más notícias” para os estudantes.

Carolina Rocha, estudante que apresentou a moção da manifestação dia 30 de Outubro, afirmou à agência Lusa que esta acção pretende ser “uma forma de pressão para a votação do Orçamento de Estado”, que irá decorrer a 1 de Novembro, considerando que os estudantes “não estão dispostos a que lhes retirem o direito à educação pública”. Durante a assembleia magna, foi também deliberada uma série de arruadas da direcção-geral da AAC e dos núcleos de estudantes da universidade até aos serviços académicos, cantinas e residências, na semana de 28 de Outubro a 1 de Novembro.

À imagem do que foi feito em 2012, a Festa das Latas voltará a ter uma componente de reivindicação, tendo sido aprovada a “politização do recinto e das barracas dos núcleos”, assim como a realização de um cortejo fúnebre da Latada, no dia do tradicional cortejo, 22 de Outubro. Os estudantes rejeitaram ainda a proposta de Alexandra Correia, aluna da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, em que apelava à presença da AAC na manifestação “Que se lixe a troika”, a 26 de Outubro.