Ex-ministro grego condenado a 20 anos de prisão por branqueamento de capitais

Após cinco meses de julgamento, tribunal de Atenas dá como culpado o antigo ministro e outras 16 pessoas envolvidas em rede de lavagem de dinheiro vindo de subornos.

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Tsochatzopoulos em 1996, quando perdeu o cargo de primeiro-ministro para Costas Simitis Reuters

O tribunal criminal de Atenas sentenciou o ex-ministro a 20 anos de prisão. Contudo, devido à sua idade (73 anos), Akis Tsochatzopoulos apenas irá cumprir um quinto da pena, saindo da prisão dentro de dois anos, de acordo com a AFP. Dos 19 acusados, 17 foram condenados pelo tribunal criminal de recurso de Atenas por terem cooperado com Tsochatzopoulos na lavagem de dinheiro com origem em subornos. O processo de branqueamento de capitais envolveu uma rede de empresas em offshore e compras de propriedades.

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O tribunal criminal de Atenas sentenciou o ex-ministro a 20 anos de prisão. Contudo, devido à sua idade (73 anos), Akis Tsochatzopoulos apenas irá cumprir um quinto da pena, saindo da prisão dentro de dois anos, de acordo com a AFP. Dos 19 acusados, 17 foram condenados pelo tribunal criminal de recurso de Atenas por terem cooperado com Tsochatzopoulos na lavagem de dinheiro com origem em subornos. O processo de branqueamento de capitais envolveu uma rede de empresas em offshore e compras de propriedades.

O julgamento durou cinco meses, durante os quais o ex-ministro da Defesa (na altura em que a Grécia comprou quatro submarinos à Alemanha) refutou todas as acusações. A pena aplicável a estes casos pode ir dos 10 aos 20 anos de prisão.

A procuradora, Georgia Adilini, acusou Tsochatzopoulos de branquear mais de seis milhões de euros. Entre os restantes condenados, estão a mulher, a ex-mulher e a filha do político socialista.

Tsochatzopoulos, que estava detido desde Abril, tinha já sido condenado em Março deste ano por não ter declarado uma série de bens ao fisco, incluindo uma casa de Atenas que terá comprado com dinheiro das empresas offshore do caso em que foi agora condenado.

O ex-ministro foi um político especialmente relevante na década de 1990, quando quase chegou ao cargo de primeiro-ministro.

É visto pela opinião pública como um símbolo da corrupção da classe política, tida como responsável pela crise económica em que a Grécia está afundada desde 2010.