Erro de cálculo na origem de nova fuga radioactiva em Fukushima

Trabalhadores julgaram mal limite de tanque de armazenamento de água contaminada.

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Tanques com água contaminada: operador da central tem enfrentado sucessivos problemas Kyodo/REUTERS

Segundo a Tepco, a empresa que opera a central, o incidente ocorreu num de cinco tanques construídos numa zona inclinada. Todos estão interligados, mas apenas um, o que está no ponto mais elevado, encontra-se equipado com um medidor de água. Os trabalhadores acreditavam que, mantendo o nível da água a 50 centímetros do limite do tanque com o medidor, não haveria problema. Mas enganaram-se e o tanque que está mais em baixo acabou por transbordar.

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Segundo a Tepco, a empresa que opera a central, o incidente ocorreu num de cinco tanques construídos numa zona inclinada. Todos estão interligados, mas apenas um, o que está no ponto mais elevado, encontra-se equipado com um medidor de água. Os trabalhadores acreditavam que, mantendo o nível da água a 50 centímetros do limite do tanque com o medidor, não haveria problema. Mas enganaram-se e o tanque que está mais em baixo acabou por transbordar.

Os níveis de radioactividade eram de 200.000 becquerels, quando o limite para libertação no mar é de 30.

O incidente revela, mais uma vez, a dificuldade que a Tepco está a encontrar para controlar o problema da contaminação da água – um dos efeitos do desastre nuclear em Fukushima provocado pelo sismo e pelo tsunami de 2011 no Japão. A água que drena das montanhas junto à central mistura-se com a que está nos pisos inferiores da central, e que está contaminada. Em Agosto, a Tepco admitiu que 300 toneladas por dia estavam a chegar ao mar.

Uma série de medidas têm vindo a ser tomadas, mas têm ocorrido vários problemas. Também em Agosto, um problema num tanque de armazenamento provocou o derrame de mais 300 toneladas de água radioactiva.

Na sequência da nova fuga esta semana, o governo local de Fukushima lançou uma investigação própria aos níveis de contaminação da água do mar.