Aguiar-Branco: “É muito perigoso pensar que a democracia pode viver sem partidos”

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Ministro da Defesa, Aguiar Branco. Daniel Rocha

“É muito perigoso pensar que a democracia pode viver sem partidos”, disse, à saída da sede de campanha de Luís Filipe Menezes, na Rua de Santa Catarina, pouco depois de o candidato social-democrata à presidência da autarquia ter assumido a “derrota pessoal” nestas autárquicas.

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“É muito perigoso pensar que a democracia pode viver sem partidos”, disse, à saída da sede de campanha de Luís Filipe Menezes, na Rua de Santa Catarina, pouco depois de o candidato social-democrata à presidência da autarquia ter assumido a “derrota pessoal” nestas autárquicas.

Instado a comentar os resultados, Aguiar-Branco lembrou que no Porto, como noutros concelhos, se assistiu a “uma desagregação de listas” que impede uma leitura clara sobre uma eventual vitória do PS ou do PSD nas eleições. A vitória de independentes, como Rui Moreira (que conta com o apoio do CDS), não o impressionou e deixa-o até preocupado. “Acredito que o sistema democrático assenta em partidos políticos. Não cavalgo a dimensão crítica dos partidos. Sou solidário com a dimensão partidária nas boas e nas más horas”, disse.

A noite foi negra para a candidatura de Luís Filipe Menezes. O candidato, que ainda na passada sexta-feira se dizia convicto de ir vencer o Porto e com “uma larga maioria”, abandonou a Baixa da cidade ainda não eram 21h30, depois de assumir a “derrota pessoal”.

Menezes recusou confirmar se ficaria como vereador na Câmara do Porto e pediu “união” em torno do novo presidente da autarquia, Rui Moreira.