Inspectores da ONU regressam à Síria nesta quarta-feira

Missão retoma inquérito sobre o uso de armas químicas

Foto
No final de Agosto os inspectores da ONU já estiveram na Síria Mohamed Abdullah/REUTERS

“Estamos satisfeitos que os nossos apelos insistentes ao regresso dos inspectores da ONU [à Síria] tenham sido atendidos. Um grupo de inspectores parte para Damasco amanhã, 25 de Setembro”, informou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov, citado pela AFP.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Estamos satisfeitos que os nossos apelos insistentes ao regresso dos inspectores da ONU [à Síria] tenham sido atendidos. Um grupo de inspectores parte para Damasco amanhã, 25 de Setembro”, informou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Riabkov, citado pela AFP.

Numa intervenção na Duma, a câmara baixa do parlamento, o governante russo falou também sobre as negociações em curso nas Nações Unidas para a adopção de uma resolução sobre a Síria pelo Conselho de Segurança, que complemente as decisões do conselho executivo da Organização para a Interdição das Armas Químicas.

Riabkov disse que Moscovo não aceitará nenhuma proposta que preveja “um automatismo para o recurso à força” contra o regime de Damasco, mas admitiu que o texto poderá referir o capítulo VII da Carta das Nações Unidas “como parte do conjunto de medidas a avançar” se a Síria desrespeitar as condições da comunidade internacional.

“Repito, mais uma vez, que está fora de questão adoptar uma resolução ao abrigo do capítulo VII, a aplicação automática de sanções ou o recurso à força militar” contra a Síria, vincou. Mas essa norma, que prevê a força militar, poderá vir a ser inscrita como elemento de dissuasão para a Síria – se Damasco recusar cooperar com a comunidade internacional, se desrespeitar os compromissos assumidos ou “se alguém, quem quer que seja, usar armas químicas”, esclareceu.

A Rússia e a China inviabilizaram duas anteriores propostas de resolução sobre a Síria no Conselho de Segurança. Laurent Fabius, o ministro dos Negócios Estrangeiros da França – responsável pelo documento agora em discussão – disse à AFP estar confiante que a proposta possa ser aprovada ainda esta semana em Nova Iorque.