Bombeiros de Viana multados pela GNR durante incêndio

Viatura de transporte de pessoal estava mal estacionada.

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A multa poderá ser impugnada PÚBLICO

O auto em causa, ao qual a agência Lusa teve acesso, reporta-se a uma infracção ao código da estrada por uma viatura de transporte de pessoal daquela corporação, por estacionamento num local “onde o trânsito se faz nos dois sentidos, obrigando à utilização de parte da faixa de rodagem destinada ao trânsito em sentido contrário”.

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O auto em causa, ao qual a agência Lusa teve acesso, reporta-se a uma infracção ao código da estrada por uma viatura de transporte de pessoal daquela corporação, por estacionamento num local “onde o trânsito se faz nos dois sentidos, obrigando à utilização de parte da faixa de rodagem destinada ao trânsito em sentido contrário”.

A infracção, lê-se no mesmo auto, registou-se pelas 0h02 de 14 de Setembro, na Estrada Municipal 526, em Nogueira, Viana do Castelo, estando a corporação obrigada ao pagamento de uma multa entre 120 a 600 euros, tendo ainda de identificar o bombeiro que a conduzia na ocasião.

Esta viatura integrava o dispositivo que, no terreno, naquela freguesia, combatia o maior incêndio do ano em Viana do Castelo, que chegou a ameaçar dezenas de habitações e que afectou mais quatro freguesias do concelho.

Contactada pela agência Lusa, fonte do comando da GNR de Viana do Castelo não teceu qualquer comentário sobre o caso, admitindo apenas que, como em qualquer outra situação, o auto “pode ser contestado para a respectiva entidade competente”, no caso, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Conforme a requisição da ANPC à qual a Lusa teve acesso, a viatura foi mobilizada para fazer a rendição de três bombeiros, que estavam no teatro de operações há várias horas, na frente de fogo em Nogueira, tendo saído pelas 23h26. Chegou ao local de recolha pelas 23h53 e o regresso ao quartel deu-se pelas 0h23, segundo o mesmo registo.

A corporação afirma que vai avançar para a impugnação desta multa, reiterando que a viatura estava integrada no dispositivo de combate aos incêndios e que os bombeiros precisaram de “fazer uma pausa para descanso” no local, “não sem antes garantirem todas as condições de segurança e circulação”.