Jardim diz ser de "constitucionalidade duvidosa" convergência de pensões

Foto
O Presidente da República, Cavaco Silva, convocou até agora 12 reuniões do Conselho de Estado DANIEL ROCHA

"Hoje é um dia muito complicado, porque, há pouco, o Conselho de Ministros decidiu fazer mais cortes nas pensões de reforma e na minha opinião estamos perante uma inconstitucionalidade", declarou o governante madeirense, na sessão de abertura da 3ª Bienal de Cardiologia da Madeira.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Hoje é um dia muito complicado, porque, há pouco, o Conselho de Ministros decidiu fazer mais cortes nas pensões de reforma e na minha opinião estamos perante uma inconstitucionalidade", declarou o governante madeirense, na sessão de abertura da 3ª Bienal de Cardiologia da Madeira.

Para Alberto João Jardim, "há direitos adquiridos pelas pessoas através dos descontos, há expectativas jurídicas que são protegidas pela Constituição", pelo que, no seu entender, "há aqui circunstâncias que parecem de constitucionalidade duvidosa".

Alberto João disse ainda continuar a não perceber "esta política de corta, corta, corta e de pôr menos moeda em circulação, causando desemprego".

O governante madeirense considerou que "esta gente [Governo da República] não sabe fazer contas" ao não colocar mais moeda em circulação por via da política dos cortes, que, opinou, induzirá "um efeito recessivo na economia portuguesa".

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros uma proposta de Lei que estabelece a convergência de pensões entre o setor público e o setor privado, que reduz em 10% as pensões de valor superior a 600 euros.