Rui Rio considera que situação da limitação de mandatos dos autarcas é "descredibilizadora"

Presente da Câmara do Porto discorda da decisão do Tribunal Constitucional, que permite ao autarca de Gaia atravessar o Douro e candidatar-se na outra margem.

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Rui Rio já criticou o PSD por apoiar a candidatura de Menezes, que considera representar o "oposto" da gestão autárquica que protagonizou Paulo Ricca/Arquivo

"Eu sempre fui a favor da limitação dos mandatos. Naturalmente que discordo desta situação e penso que a maior parte dos portugueses discordará. Ou há limitação ou não há limitação. Situação de faz de conta, em que, no fundo, não há limitação porque quem quiser anda a passear pelo país, candidatando-se aqui e acolá, é um situação que não me agrada. Mas enfim, é o que é. Há tanta coisa no país que não me agrada..", declarou o autarca aos jornalistas.

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"Eu sempre fui a favor da limitação dos mandatos. Naturalmente que discordo desta situação e penso que a maior parte dos portugueses discordará. Ou há limitação ou não há limitação. Situação de faz de conta, em que, no fundo, não há limitação porque quem quiser anda a passear pelo país, candidatando-se aqui e acolá, é um situação que não me agrada. Mas enfim, é o que é. Há tanta coisa no país que não me agrada..", declarou o autarca aos jornalistas.

Questionado se entendia que a lei de limitação de mandatos devia ser alterada, para passar a impedir a recandidatura a qualquer município de autarcas já com três mandatos consecutivos, Rio, que não apoia, e critica o PSD por apoiar, a candidatura ao Porto de Luís Filipe Menezes - que já cumpriu três mandatos em Gaia, onde acaba de renunciar ao cargo -, preferiu não desenvolver o tema. "Não vou falar mais sobre isso. O que acabei de dizer é aquilo que digo há muito tempo sobre esta e outras outras matérias. Não me sinto em convergência com muitas coisas que se passam no país, sinceramente. Discordo de muitas coisas que se passam no país, de um modo geral, e uma delas é esta. No política muitas vezes faz-se de conta. Ou há limites ou não há limites. Se há, há. Se não há, não há. Situações assim são profundamente descredibilizadoras", lamentou.

O presidente da Câmara do Porto, que acabava de apresentar o canal Viver do portal de Turismo do Porto na Reitoria da Universidade o Porto, recusou-se a comentar as críticas que a candidatura de Menezes fez nos últimos dias à gestão de Rio, e que mereceram uma reacção violenta de Vladimiro Feliz, o vice-presidente do executivo portuense.