Polícia grega procura imigrantes ilegais que fugiram de centro de detenção
Insurreição em centro perto de Atenas onde estão cerca de 1200 pessoas detidas.
A insurreição começou no sábado à noite no campo de Amygdaleza, perto de Atenas. Trata-se do principal centro de acolhimento de imigrantes ilegais que chegam à Grécia. Ali estão cerca de 1200 pessoas, sobretudo asiáticos, sob vigilânica policial. Não foi divulgado o número de pessoas que fugiram.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A insurreição começou no sábado à noite no campo de Amygdaleza, perto de Atenas. Trata-se do principal centro de acolhimento de imigrantes ilegais que chegam à Grécia. Ali estão cerca de 1200 pessoas, sobretudo asiáticos, sob vigilânica policial. Não foi divulgado o número de pessoas que fugiram.
Os detidos pegaram fogo aos colchões onde dormiam e atiraram pedras e outros objectos contra os polícias, conseguindo fugir. Segundo as autoridades, tudo começou depois de os imigrantes terem sido informados que a duração máxima de detenção, que era de um ano, passara para 18 meses.
Amygdaleza é um dos campos de acolhimento de imigrantes sem papéis, criados na Grécia para facilitar o repatriamento dos ilegais. As organizações dos direitos humanos acusam a polícia de cometer abusos nestes campos e denunciam que alguns detidos são privados da toma dos seus medicamentos.
A semana passada, a KEERFA, uma associação de defesa dos direitos humanos, denunciou que os detidos muçulmanos foram agredidos durante um momento de oração. Já em Julho a mesma organização revelou que um afegão tinha morrido com uma infecção pulmonar depois de a sua doença ter sido ignorada pelas autoridades, durante meses.
No sudeste europeu e com extensas fronteiras marítimas, a Grécia é uma das principais portas de entrada na União Europeia dos imigrantes oriundos de países pobres ou em guerra em África, Médio Oriente e no subcontinente indiano.