Nova Zelândia quer expulsar imigrante sul-africano por ser obeso

Serviços de imigração consideraram que o homem de 130 quilos e a viver no país há seis anos não tem "parâmetros de saúde aceitáveis".

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Demasiado gordo para ser imigrante na Nova Zelândia DR

De acordo com o jornal The Press, Buitenhuis e a mulher, Marthie, viram recusados os pedidos de renovação de visto. O serviço de imigração da Nova Zelândia  considerou que a obesidade do homem expõe-no a doenças como a diabetes, a hipertensão, problemas cardíacos e apneia do sono.

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De acordo com o jornal The Press, Buitenhuis e a mulher, Marthie, viram recusados os pedidos de renovação de visto. O serviço de imigração da Nova Zelândia  considerou que a obesidade do homem expõe-no a doenças como a diabetes, a hipertensão, problemas cardíacos e apneia do sono.

"É importante que todos os imigrantes mantenham um estado de saúde aceitável de forma a minimizar os custos e o trabalho dos serviços médicos", disse um porta-voz do serviço de imigração. "A não ser quando é extrema, a obesidade nunca é razão por si só para uma rejeição [de visto], mas tem que se ter em conta os futuros custos e necessidades de serviços médicos", disse o porta-voz.

O casal está na Nova Zelândia há seis anos e, nesse tempo, Albert Buitenhuis perdeu peso – passou de 160 para 130 quilos. Até agora, a renovação do visto de trabalho de ambos não levantou qualquer interrogação.

Um relatório recente da OCDE coloca a Nova Zelândia em terceiro lugar na lista de países onde existe maior índice de obesidade e mais problemas de saúde devido ao excesso de peso (os Estados Undiso e o México estão nos primeiros lugares, respectivamente).

Albert e Marthie, de 50 e 47 anos, imigraram para a Nova Zelândia e trabalham em Christchurch, ele como cozinheiro de um restaurante, ela como empregada de mesa. "Todos os anos pedimos a renovação do nosso visto de trabalho e nunca foi levantado qualquer problema. Nunca nos falaram do peso de Albert ou da sua saúde, e ele já foi muito mais pesado", contestou a mulher.

No dia 1 de Maio, o casal recebeu a resposta a um novo pedido de renovação e os papéis diziam "rejeitado" porque Albert não tinha "parâmetros de saúde aceitáveis".

Devido à não renovação dos vistos, foram obrigados a abandonar o trabalho e vivem agora, enquanto esperam uma mudança na decisão, em casa de familiares em Auckland.