"Eu não cedo a pressões", disse Seguro ao partido

O líder do PS disse a 30 dirigentes do partido estar "empenhado na procura de um bom acordo para o país".

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Soares e Seguro ainda não estiveram juntos este ano Rui Gaudêncio

Seguro falava na reunião com o secretariado e os líderes das federações distritais do partido, com que se reuniu no Largo do Rato após ter adiado a reunião da comissão política nacional.

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Seguro falava na reunião com o secretariado e os líderes das federações distritais do partido, com que se reuniu no Largo do Rato após ter adiado a reunião da comissão política nacional.

Nesse encontro, ao que o PÚBLICO apurou, o líder socialista deu a sua visão sobre as movimentações internas contra a hipótese de o PS assinar algum "compromisso de salvação nacional" com os partidos da maioria de direita.

"Algumas pessoas queriam que o PS não tivesse entrado neste processo de diálogo e continuam a defender que o PS abandone esse processo. Discordo", afirmou Seguro, citado por um dirigente presente no encontro.

E prosseguiu: "Vou continuar este processo. Estou empenhado na procura de um acordo bom para o meu país, no respeito pelos valores e propostas do PS." 

As declarações de Seguro, relatadas ao PÚBLICO, vão directas a Mário Soares, Manuel Alegre, João Galamba e Pedro Silva Pereira, por exemplo, que publicamente se têm oposto à mera possibilidade de um acordo com a direita.

Na quinta-feira, o PÚBLICO deu conta das preocupações de Mário Soares, que considera haver o risco de uma "cisão" no partido, caso o PS assine um compromisso com a actual maioria parlamentar.