Colégio acusado de aceder a dados pessoais de encarregados de educação

Movimento cívico quer saber como é que escola privada das Caldas da Rainha obteve contactos de pais de alunos do sistema público.

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O movimento Em Defesa da Escola Pública do Oeste entregou uma queixa no DCIAP PÚBLICO
Em causa está o facto de encarregados de educação com filhos no ensino público terem sido convidados recentemente por telemóvel, telefone e correio electrónico para uma acção de divulgação da oferta de ensino do colégio, com o objectivo de transferirem os jovens para o Rainha Dona Leonor. O movimento quer saber onde foi o colégio arranjar os contactos dos encarregados de educação.

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Em causa está o facto de encarregados de educação com filhos no ensino público terem sido convidados recentemente por telemóvel, telefone e correio electrónico para uma acção de divulgação da oferta de ensino do colégio, com o objectivo de transferirem os jovens para o Rainha Dona Leonor. O movimento quer saber onde foi o colégio arranjar os contactos dos encarregados de educação.

O estabelecimento de ensino do grupo GPS — que foi alvo de outra participação à Comissão Nacional de Protecção de Dados — nega tê-lo feito de forma ilícita: “Não foi usada qualquer base de dados organizada, tendo-se recorrido apenas a contactos pessoais de outros pais e de professores e colaboradores do colégio”.

Perante a quantidade de pais e mães contactados, o Em Defesa da Escola Pública do Oeste duvida da explicação. “Também foram contactados assistentes sociais que são formalmente encarregados de educação dos alunos que se encontram no centro de acolhimento temporário das Caldas da Rainha. Tratando-se de crianças institucionalizadas, o acesso a esta informação é ainda mais restrito”, pode ler-se na queixa.

Por seu turno, os responsáveis do colégio apresentaram, também nos últimos dias, uma queixa ao Ministério da Educação contra o agrupamento de escolas públicas da zona, que acusam de ter informado erradamente os pais da inexistência de vagas para o próximo ano lectivo no estabelecimento privado. Já em Janeiro, os professores do movimento de defesa da escola pública haviam comunicado às autoridades as suas suspeitas de corrupção em torno do financiamento do grupo GPS.