PSD mal-disposto com proposta de eleições em 2014

Já no CDS, a palavra de ordem é cautela.

Foto
Nuno Ferreira Santos

Para os sociais-democratas isso significa que a campanha eleitoral começa já, um antes da data apontada, na quarta-feira, por Cavaco Silva, o que torna impossível um entendimento entre a maioria e os socialistas. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Para os sociais-democratas isso significa que a campanha eleitoral começa já, um antes da data apontada, na quarta-feira, por Cavaco Silva, o que torna impossível um entendimento entre a maioria e os socialistas. 

Entre muitos apelos à calma, os "laranjas" ponderam aceitar o repto do Presidente, mas em último caso podem avançar com uma moção de confiança no Parlamento e assim legitimar na Assembleia da República a confiança política no executivo de Passos Coelho que muitos consideram ter-lhe sido retirada por Cavaco Silva. Mas entre os defensores da proposta presidencial há quem lembre que o Presidente, ao avançar para esta solução, perdeu a confiança em Passos Coelho e Paulo Portas e temia uma nova crise política daqui a um ou dois meses. 

O CDS, que terminou a reunião da comissão executiva, o núcleo duro de Paulo Portas, mostra-se cauteloso e espera que o Presidente da República possa explicar melhor a sua proposta e que o PS possa responder entretanto ao desafio colocado. Até lá impera a cautela.