CGTP protesta hoje em Belém pela realização de eleições
Várias associações vão juntar-se ao protesto.
“Entendemos que não pode continuar esta política. Não há alternativas com este Governo. Tem de haver demissão do Governo, dissolução da Assembleia da República e convocadas novas eleições”, afirmou à Lusa o membro da Comissão Executiva da Intersindical, Armando Farias.
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“Entendemos que não pode continuar esta política. Não há alternativas com este Governo. Tem de haver demissão do Governo, dissolução da Assembleia da República e convocadas novas eleições”, afirmou à Lusa o membro da Comissão Executiva da Intersindical, Armando Farias.
No entender deste responsável, “o Governo está moribundo, mas o capital exige que se mantenha”. “É o capital que está a exigir [que o Governo se mantenha] para continuar a mesma política, nomeadamente, novos cortes nas funções sociais do Estado, aumento de impostos e cortes salariais”, referiu o representante da CGTP.
Ressalvou, neste sentido, que “as consequências desta política e a situação do país do ponto de vista da economia, as suas consequências no plano do défice, da dívida pública, da recessão e do desemprego, do empobrecimento, justificam esta concentração” em Belém.
Inicialmente, estava prevista uma concentração na Rua da Junqueira, junto à Cordoaria Nacional, pelas 15h00, seguida de um desfile até Belém, onde o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, deveria intervir pelas 16h00. Entretanto, e devido aos alertas da Direção Geral de Saúde (DGS) e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a Intersindical optou por realizar “apenas a concentração” junto à residência de Cavaco Silva, às 15h00.
Associações juntam-se ao protesto
O movimento “Que se lixe a troika” e os Precários Inflexíveis são duas das associações que se vão juntar ao protesto da central sindical para pedir a demissão do Governo. Os Precários Inflexíveis convocaram também um protesto na Avenida dos Aliados, no Porto, pelas 17h00.
A Plataforma 15 de Outubro também deverá marcar presença no protesto de sábado junto ao Palácio de Belém, tendo em conta que esta organização está a promover diariamente protestos esta semana com o lema “continuar nas ruas até derrubar o Governo”.
Igualmente presentes no protesto estarão o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
A decisão da CGTP para a realização da concentração, a menos de dez dias depois da última greve geral, foi tomada na passada terça-feira, depois de Pedro Passos Coelho ter anunciado que tenciona manter-se como primeiro-ministro, numa declaração ao país feita na sequência do pedido de demissão de Paulo Portas do cargo de ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
No mesmo dia, foi empossada no cargo de ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, em substituição de Vítor Gaspar, que pediu demissão na segunda-feira.
Desde então, o líder do PSD e o do CDS-PP têm mantido reuniões para ultrapassar a crise política.