Lusa com “grande adesão” à greve e serviço interrompido

Há “meia dúzia” de jornalistas, “se tanto”, na redacção da agência noticiosa. A linha está parada desde as 8h45.

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Serviço da Lusa foi assegurado a partir de Macau durante a madrugada, como é normal Filipe Arruda/arquivo

Rui Nunes fala de uma “grande adesão” à greve. Em declarações ao PÚBLICO, o jornalista lembra que a Lusa trabalha por turnos e que, por isso, não é possível assegurar que os níveis de adesão se mantêm ao longo do dia nem se haverá um novo momento de avaliação sobre a capacidade da agência para voltar a ter notícias em linha.

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Rui Nunes fala de uma “grande adesão” à greve. Em declarações ao PÚBLICO, o jornalista lembra que a Lusa trabalha por turnos e que, por isso, não é possível assegurar que os níveis de adesão se mantêm ao longo do dia nem se haverá um novo momento de avaliação sobre a capacidade da agência para voltar a ter notícias em linha.

A Lusa disponibilizou 17 telexes desde a meia-noite desta quinta-feira, sobretudo de assuntos internacionais. Rui Nunes lembra que o serviço da agência durante a madrugada é assegurado a partir de Macau, o que viabilizou a manutenção da linha ao longo das primeiras horas do dia.

O último telex é uma “nota aos clientes”, publicado às 8h55. “O serviço da agência Lusa foi interrompido às 8h45 de hoje devido à greve geral. O serviço poderá ser restabelecido caso existam condições para tal. Se isso acontecer, será emitida uma nova Nota aos Clientes”, lê-se. Às 5h55 já tinha sido publicada uma primeira nota: “O serviço da Agência Lusa pode sofrer hoje durante o dia atrasos, limitações e eventuais interrupções devido à greve geral.”

Entre estes dois telexes, publicou um único texto sobre a greve geral desta quinta-feira – “Grupo Transtejo com duas ligações fluviais operacionais em dia de greve geral”.

Para Rui Nunes, “além das razões gerais” que conduziram a esta paralisação nacional – “aí não dizemos nada de novo” –, os jornalistas da Lusa têm razões para aderir à greve por a agência estar a ser “grandemente afectada pelo corte orçamental de 31%”. As restrições orçamentais levaram a um processo de rescisões amigáveis através do qual saíram 24 pessoas que se candidataram e têm "provocado a precarização das redes nacionais e internacionais de correspondentes”.

 

Notícia corrigida às 20h00 Corrige informação sobre as 24 pessoas que saíram da agência não por despedimento mas por candidatura a rescisão amigável.