"Namoro" entre CDS e PS torna mais difícil alternativa de esquerda, diz Bloco de Esquerda

João Semedo acusa Seguro de "ambiguidades e hesitações"

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João Semedo diz que está em causa uma alternativa de esquerda PÚBLICO/Miguel Manso

Numa declaração aos jornalistas após uma reunião da Mesa Nacional do BE, em Lisboa, João Semedo disse que o PSD e o CDS-PP (parceiros da coligação governamental) estão a “ensaiar a manobra de a prazo anunciar o divórcio” e que o CDS já está a “iniciar o namoro” com o Partido Socialista. Uma aproximação que considera que pode pôr em causa uma alternativa à esquerda.

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Numa declaração aos jornalistas após uma reunião da Mesa Nacional do BE, em Lisboa, João Semedo disse que o PSD e o CDS-PP (parceiros da coligação governamental) estão a “ensaiar a manobra de a prazo anunciar o divórcio” e que o CDS já está a “iniciar o namoro” com o Partido Socialista. Uma aproximação que considera que pode pôr em causa uma alternativa à esquerda.

“Infelizmente para a democracia e para a esquerda, Seguro alimenta este namoro e comete algumas infidelidades à esquerda. Essas ambiguidades e hesitações de António José Seguro enfraquecem a oposição à política deste Governo e tornam mais difícil uma alternativa de esquerda”, disse o dirigente bloquista.

João Semedo aproveitou ainda a ocasião para apoiar a greve geral marcada para a próxima quinta-feira (27 de junho) pelas centrais sindicais CGTP e UGT, considerando que vem “no momento certo e que é a resposta certa para derrotar a política” do Governo.

“Esperamos que seja a maior greve geral que alguma vez a democracia portuguesa viveu”, concluiu.