Poiares Maduro considera que RTP não é comparável com televisão grega

Ministro da tutela diz que o serviço público português “precisa é de estabilidade e de confiança por parte dos trabalhadores”.

Foto
Tal como a grega ERT, também a RTP vai passar a ser financiada exclusivamente pela contribuição para o audiovisual, paga na conta da electricidade. Foto: Pedro Cunha

“Essa comparação que alguns insistem em fazer é uma comparação que não é positiva para Portugal e é uma comparação falsa”, afirmou Poiares Maduro, referindo-se ao fecho da televisão e rádio pública gregas cujo serviço foi encerrado levando ao despedimento de 2.700 pessoas.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

“Essa comparação que alguns insistem em fazer é uma comparação que não é positiva para Portugal e é uma comparação falsa”, afirmou Poiares Maduro, referindo-se ao fecho da televisão e rádio pública gregas cujo serviço foi encerrado levando ao despedimento de 2.700 pessoas.

“Portugal, pela credibilidade internacional que conquistou, pelo processo de consolidação orçamental - que não é um processo isento de dificuldades e de sacrifícios, mas que nos tem evitado custos sociais muito mais elevados como aqueles que têm ocorrido na Grécia -” não é, segundo o ministro, comparável com a Grécia, quer enquanto país, quer no que respeita às rádios e televisões públicas.

“A comparação não faz sentido porque na RTP o financiamento está assegurado dentro de certos limites”, garantiu o ministro, à margem da sua visita ao fim da tarde à 50ª Feira Nacional de Agricultura, em Santarém. Miguel Poiares Maduro reforçou que “a RTP precisa é de estabilidade e de confiança por parte dos trabalhadores, sendo claro qual é o sistema de financiamento que tem e os limites com que vai ter que viver”.

Os limites haviam sido, durante a manhã, já definidos pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, que recusando também qualquer comparação entre Portugal e a Grécia, reafirmou a decisão do Governo de “prosseguir com a restruturação da RTP de modo a garantir que a partir de 2014 o Orçamento do Estado não transfira nem mais um euro para o orçamento” da televisão pública que “ terá de fazer o seu planeamento estritamente na base da taxa do audiovisual”.