Rui Pedro Soares absolvido no caso Taguspark
Tribunal não conseguiu provar uso de dinheiros públicos para comprar o apoio de Luís Figo a José Sócrates nas eleições legislativas de 2009.
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Baseado sobretudo em várias escutas, o Ministério Público concluiu que estava tudo ligado e que Rui Pedro Soares — então administrador da Portugal Telecom, grupo accionista da Taguspark — e dois outros responsáveis do parque tecnológico de Oeiras, Américo Thomati e João Carlos Silva, haviam comprado o apoio de Figo a Sócrates com dinheiros públicos da organização que dirigiam.
Acontece que a principal testemunha da acusação, o socialista Paulo Penedos, assessor de Rui Pedro Soares na PT, apanhado nas escutas a referir-se ao negócio do Taguspark com Figo como “uma coisa um bocado pornográfica”, não foi tão longe nas declarações que fez em tribunal sobre o caso como tinha ido na fase de inquérito do processo, o que obrigou o procurador do Ministério Público a pedir a absolvição dos arguidos do crime de corrupção passiva nas alegações finais do julgamento.