MP pede prisão efectiva para Vale e Azevedo por apropriação de verbas do Benfica

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Vale e Azevedo está preso na Carregueira Daniel Rocha

Nas alegações finais do julgamento na 3.ª Vara Criminal de Lisboa, o MP considerou que João Vale e Azevedo, presidente do Benfica entre Novembro de 1997 e Outubro de 2000, "deve ser condenado, em cúmulo jurídico, a uma pena de prisão efectiva" por um crime de branqueamento de capitais, um de falsificação de documento, um de abuso de confiança e três de peculato.

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Nas alegações finais do julgamento na 3.ª Vara Criminal de Lisboa, o MP considerou que João Vale e Azevedo, presidente do Benfica entre Novembro de 1997 e Outubro de 2000, "deve ser condenado, em cúmulo jurídico, a uma pena de prisão efectiva" por um crime de branqueamento de capitais, um de falsificação de documento, um de abuso de confiança e três de peculato.

"O arguido deve ser condenado pelos crimes imputados na acusação, apurados na generalidade face à substancial prova nos autos", referiu o procurador da República João Paulo Rodrigues.

O magistrado argumentou que Vale e Azevedo "conseguiu desviar de qualquer controlo contabilístico do Benfica" as transacções dos quatro futebolistas, usando "o dinheiro para despesas do seu exclusivo interesse".

A sessão de julgamento de hoje prossegue com as alegações finais dos advogados do Benfica e de Vale e Azevedo.

Extraditado para Portugal a 13 de Novembro e 2012, Vale e Azevedo não está presente em tribunal, uma vez que usou a prerrogativa da lei no âmbito de extradição para Portugal (princípio da especialidade).

A sua alegação foi a de que "não pode ser sujeito a procedimento penal por infracção praticada em momento anterior" à sua extradição, ao abrigo do mandado de detenção emitido após fixado o cúmulo jurídico de 11 anos e meio no âmbito dos processos Ovchinnikov/Euroárea, Dantas da Cunha e Ribafria.

Vale e Azevedo encontra-se preso no Estabelecimento Prisional da Carregueira, em Belas (Sintra).