Merkel contra cedência de novas competências nacionais a Bruxelas

Chanceler alemã recusa eleição directa do presidente da Comissão Europeia, no modelo actual.

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Angela Merkel, chanceler alemã Michael Gootschalk/AFP

Numa entrevista publicada no semanário Der Spiegel, a líder do Governo alemão referiu que “nao vê a necessidade de entregar mais direitos à CE [Bruxelas] nos próximos anos”.

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Numa entrevista publicada no semanário Der Spiegel, a líder do Governo alemão referiu que “nao vê a necessidade de entregar mais direitos à CE [Bruxelas] nos próximos anos”.

Não obstante, lembrou que está de acordo com o Presidente francês, François Hollande, no sentido de os 27 Estados que pertencem à UE deverem coordenar melhor certas matérias.

“Pensamos, por exemplo, na política laboral e nas reformas, mas também na política social”, especificou.

Merkel destacou ainda que a “coordenação económica na Europa tem sido desenhada de uma forma muito débil” e que “deve ser reforçada”, o que em seu entender é “algo diferente de dar mais competências a Bruxelas”.

A chanceler Angela Merkel descartou, desta forma, as propostas sobre uma possível eleição directa do presidente da Comissão Europeia, lugar que actualmente é ocupado pelo português José Manuel Durão Barroso.

“Um presidente da Comissão que fosse eleito directamente pelo povo teria de ter outras competências totalmente diferentes das actuais”, salientou.

Segundo Merkel, esta alteração “romperia com o equilíbrio actual entre as estruturas da União Europeia”.