Yoani Sánchez regressou a Cuba com "muitos projectos"

Crítica do regime disse, na viagem de mais de três meses por uma dúzia de países, que tenciona fundar um meio de comunicação digital.

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“O futuro está em aberto”, afirmou, citada pela Reuters, em Havana, ao chegar de Espanha. “Foi uma viagem humana, jornalística, cívica, tecnológica e estou com muitos projectos”, acrescentou a autora do blogue Generación Y.

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“O futuro está em aberto”, afirmou, citada pela Reuters, em Havana, ao chegar de Espanha. “Foi uma viagem humana, jornalística, cívica, tecnológica e estou com muitos projectos”, acrescentou a autora do blogue Generación Y.

Yoani Sánchez, 37 anos, é uma das críticas da realidade cubana mais conhecidas no estrangeiro. Saiu de Cuba em meados de Fevereiro rumo ao Brasil, numa viagem que foi autorizada a fazer após cinco anos de recusas. Uma reforma migratória, aprovada no início do ano, permitiu-lhe sair do país.

Durante a digressão, que se prolongou por mais de três meses, manifestou em diversas ocasiões a intenção de, após o regresso, fundar um meio de comunicação digital independente. Em intervenções que foi fazendo criticou o regime castrista e também o embargo dos Estados Unidos a Cuba.

Yoani Sánchez é considerada pelo regime – que a acusa de ser financiada pelos Estados Unidos – como uma das suas principais adversárias.

A blogger foi distinguida com vários prémios e contactou com políticos, académicos e exilados. Recebeu os prémios Ortega y Gasset na secção jornalismo digital, atribuído pelo diário espanhol El País, em 2008; o Bobs, atribuído na categoria para melhor blogue, atribuído pela estação audiovisual alemã Deutsche Welle; e a menção María Moors Cabot, da Universidade de Columbia, de Nova Iorque.