Lisboa concentra em dois hospitais urgências nocturnas com todas as especialidades

Presidente da ARS de Lisboa e Vale do Tejo confirma que novo modelo começa a vigorar a partir de Julho.

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A ARS garante que esta reestruturação não tem motivos economicistas Nuno Ferreira Santos

Luís Cunha Ribeiro fez este anúncio aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, pelos quais está a ser ouvido, a pedido do Bloco de Esquerda. Garantindo que esta reestruturação não tem motivos economicistas, Luís Cunha Ribeiro reconheceu que a decisão leva em conta a carência de profissionais, nomeadamente em determinadas especialidades, uma vez que a partir dos 50 anos os médicos não são obrigados a fazer urgências noturnas e, a partir dos 55, estão dispensados dos serviços de urgência.

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Luís Cunha Ribeiro fez este anúncio aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde, pelos quais está a ser ouvido, a pedido do Bloco de Esquerda. Garantindo que esta reestruturação não tem motivos economicistas, Luís Cunha Ribeiro reconheceu que a decisão leva em conta a carência de profissionais, nomeadamente em determinadas especialidades, uma vez que a partir dos 50 anos os médicos não são obrigados a fazer urgências noturnas e, a partir dos 55, estão dispensados dos serviços de urgência.

Assim, e a partir de 1 de Julho, a organização deve assentar em dois centros de trauma com todas as especialidades cirúrgicas: o Centro Hospitalar de Lisboa Norte (Hospital de Santa Maria e Pulido Valente) e o Centro Hospitalar de Lisboa Central (São José, Santa Marta, Capuchos, Curry Cabral, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa). O apoio nocturno de neurocirurgia mantém-se no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (São Francisco Xavier, Egas Moniz e Santa Cruz) e no Hospital Garcia de Orta.

Segundo Luís Cunha Ribeiro, a reestruturação implica que “o apoio ao trauma com cirurgia geral e ortopedia se mantenha em todos os outros hospitais com urgência médico-cirúrgica” e estão a ser avaliadas outras especialidades, nomeadamente a Neurologia, a Gastrenterologia e a Psiquiatria, nas quais “o movimento não justifica mais recursos do que os que são alocados a um ou dois hospitais, no máximo”.

A anunciada reestruturação está a ser preparada há um ano e depende da colaboração dos profissionais, uma vez que implica a deslocação de alguns para os centros que estarão a funcionar durante o período nocturno (das 20h às 8h). A título de exemplo, o presidente desta ARS disse que este modelo de urgência nocturna já se pratica na área da Otorrinolaringologia, com o atendimento a ser assegurado pelo Hospital de Santa Maria.