O Outro Lado do Coração

O currículo de John Cameron Mitchell não o recomenda especialmente, em particular um pequeno monstro, muito “adulto” (cof cof) no tratamento do sexo, chamado "Shortbus". Isto dito, "O Outro Lado do Coração", se nada tem de verdadeiramente notável, mostra Mitchell a trabalhar em contenção “teatral” (a matriz do argumento é uma peça) e a não trair a intimidade inerente ao modelo narrativo e à sua substância, a história de um casal e do luto pelo seu filho. Tema que tem sido bastante glosado, e que na verdade parece ser um valor seguro quando tratado com um mínimo de sensibilidade e bom senso.

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O currículo de John Cameron Mitchell não o recomenda especialmente, em particular um pequeno monstro, muito “adulto” (cof cof) no tratamento do sexo, chamado "Shortbus". Isto dito, "O Outro Lado do Coração", se nada tem de verdadeiramente notável, mostra Mitchell a trabalhar em contenção “teatral” (a matriz do argumento é uma peça) e a não trair a intimidade inerente ao modelo narrativo e à sua substância, a história de um casal e do luto pelo seu filho. Tema que tem sido bastante glosado, e que na verdade parece ser um valor seguro quando tratado com um mínimo de sensibilidade e bom senso.


Mitchell dá provas disso, e o atributo é extensível aos actores, o excelente Aaron Eckhart e uma Nicole Kidman que há muito tempo não se via tão bem.