16 imóveis classificados como monumentos de interesse público

Viseu é o distrito com mais imóveis classificados. Espaços devem ser protegidos.

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O primeiro monumento que surge nesta nova lista é o Santuário do Senhor da Serra, em Miranda do Corvo. De acordo com o despacho da SEC, que define também a área de salvaguarda deste monumento, neste caso o adro envolvente, este santuário deve ser protegido pelo “carácter matricial”. É um “testemunho simbólico ou religioso” com “valor estético, técnico e material intrínseco”.

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O primeiro monumento que surge nesta nova lista é o Santuário do Senhor da Serra, em Miranda do Corvo. De acordo com o despacho da SEC, que define também a área de salvaguarda deste monumento, neste caso o adro envolvente, este santuário deve ser protegido pelo “carácter matricial”. É um “testemunho simbólico ou religioso” com “valor estético, técnico e material intrínseco”.

Ainda no distrito de Coimbra foi classificada a Igreja de São Pedro, construída após o terramoto de 1755 que destruiu o edifício primitivo. Situada na freguesia de Buarcos, na Figueira da Foz, a Igreja de São Pedro é um “templo que conserva as principais características arquitectónicas da reconstrução barroca, embora o interior se destaque sobretudo pelos elementos provenientes de outros templos limítrofes”, lê-se no despacho, que acrescenta que nesta igreja está um “importante repositório de azulejaria, incluindo dois painéis de azulejos mudéjares aplicados nos panos murários e diversos exemplares de fabrico sevilhano”.

Viseu é o distrito que ganha nesta segunda-feira mais imóveis classificados. Além da Casa de Vilela, um tradicional solar beirão do século XVII, foram classificados o conjunto constituído pelo Santuário do Senhor Santo Cristo da Fraga, ruínas do antigo convento, conduta de água e Casa de Romagem, e ainda o Santuário de Nossa Senhora do Castelo, incluindo a Casa do Ermitão, o escadório e as capelas anexas, no Monte de Nossa Senhora do Castelo, em Mangualde.

A Igreja de Nossa Senhora da Conceição, construída no início do século XVI e reformulada no século XVII, matriz de Abitureiras, em Santarém, também foi classificada como monumento de interesse público, assim como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, matriz de Olhão, em Faro, e a Igreja de Nossa Senhora da Luz, em Tavira.

De monumentos religiosos surgem ainda a Capela do Senhor do Calvário, em Seia, e a Capela de Nossa Senhora de Porto Salvo, em Oeiras.

Termas e pontes
Entre estas novas classificações destaca-se também o Parque Termal do Peso, em Melgaço, que recentemente reactivou as termas que há 15 anos estavam encerradas. Segundo o despacho publicado em DR, este complexo “constitui um interessante testemunho da arquitectura termal do país, bem exemplificativo das vivências de uma época”. “O espírito do lugar, a intimidade do espaço e as inter-relações estabelecidas entre os diferentes equipamentos termais constituem, juntamente com o seu harmonioso enquadramento paisagístico, uma unidade patrimonial indissociável, sendo igualmente de realçar o seu actual bom estado de conservação”, continua o despacho.

A Antiga Vila de Linhares da Beira, em Celorico da Beira, “com origem antiquíssima e documentada desde a Alta Idade Média”, também foi classificada. “Erguida a cerca de 800 metros de altitude, a vila conserva o traçado urbanístico medieval praticamente intacto, genericamente datado do reinado de D. Dinis, e um edificado urbano onde se podem observar diversos elementos arquitectónicos manuelinos presentes em antigas casas nobres, igrejas e vestígios da importante comunidade judaica.”

A encerrar a lista de novas classificações, está a Ponte da Carvalha, na Sertã; o Solar do Souto e os jardins, em Celorico de Basto; e o Açude da Fábrica de Fiação de Tomar, a primeira fábrica em Portugal a utilizar a máquina a vapor, bem como do primeiro filatório de algodão no país, como indica o despacho.

Estas classificações constam de uma lista com algumas centenas de imóveis que aguardam classificação há anos e que nos últimos meses têm sido analisadas.