Governo já fechou três acordos nas PPP

Executivo assegurou objectivos de poupança, na ordem dos 300 milhões, com negociações lideradas pela Estradas de Portugal.

Foto
Pires de Lima diz que renegociações renderam poupança de 7,2 mil milhões de euros. Daniel Rocha

O PÚBLICO apurou que os acordos foram já fechados entre a Estradas de Portugal e três concessionárias. A maior é a Ascendi, que gere cinco concessões (Beiras Litoral e Alta, Grande Lisboa, Grande Porto, Costa de Prata e Norte), e com a qual foi possível negociar uma redução de cerca de 150 milhões de euros.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O PÚBLICO apurou que os acordos foram já fechados entre a Estradas de Portugal e três concessionárias. A maior é a Ascendi, que gere cinco concessões (Beiras Litoral e Alta, Grande Lisboa, Grande Porto, Costa de Prata e Norte), e com a qual foi possível negociar uma redução de cerca de 150 milhões de euros.

O Governo conseguiu ainda fechar a renegociação com as concessionárias Scutvias (que gere a concessão da Beira Interior) e Norscut (que gere a concessão Interior Norte), faltando apenas formalizar o acordo com a Euroscut, gestora de duas concessões: Algarve e Norte Litoral. Passo que deverá ser dado nos próximos dias.

Parte da poupança será conseguida com a redução da rentabilidade accionista das concessionárias, que em alguns casos passará de 12 para cerca de 8%. Os cortes também passam por alterações nos contratos, de forma a reduzir os pagamentos com manutenção e grandes reparações.

Os 300 milhões de euros inscritos como objectivo para 2013 já estarão, assim, assegurados, depois de a meta inicial (250 milhões) ter sido revista em alta, na sequência do chumbo do Tribunal Constitucional a quatro medidas do Orçamento do Estado para este ano. Uma vez fechados os acordos nesta sexta-feira, será necessário obter ainda o visto do Tribunal de Contas.

O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, tinha referido quarta-feira no Parlamento que as negociações com as concessionárias estavam “quase a terminar”, acrescentando que “os cortes de 300 milhões estão assegurados”. O Governo tinha colocado a hipótese de avançar com um imposto sobre as PPP, caso não conseguisse reduzir os encargos pela via negocial.