Reitor da Universidade do Porto classifica morte de aluno como “violência injustificável”

Tentativa de assalto à bilheteira fez uma vítima mortal, um estudante de 24 anos, no arranque da Queima das Fitas do Porto.

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Fernando Veludo/nFactos

 

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“Se o falecimento de um jovem é sempre motivo de pesar e consternação, as circunstâncias desta morte levantam sentimentos de revolta e indignação face à trágica consequência de um acto de violência injustificável, que nunca deveria fazer parte de uma sociedade civilizada e humanista”, disse o reitor da Universidade do Porto (UP), Marques dos Santos.

O mesmo responsável lamentou “profundamente a perda de Marlon Correia”, estudante de 24 anos de idade que frequentava a Faculdade de Desporto da Universidade do Porto e que foi baleado de madrugada, quando se encontrava ao serviço da Federação Académica do Porto (FAP), no recinto da Queima das Fitas.

“A Universidade do Porto teve já oportunidade de transmitir as suas condolências à família enlutada, estendendo-as ainda a toda a comunidade da Faculdade de Desporto e da FAP”, indicou o reitor.

Por estar ausente do país, o reitor da UP não vai poder participar nas cerimónias fúnebres, e designou um vice-reitor para representar a Universidade do Porto naquele momento.

O presidente da FAP, Rúben Alves, explicou que o estudante de Desporto morto nesta madrugada era um aluno contratado como “colaborador” para ajudar na Queima das Fitas do Porto de 2013 e que foi baleado no recinto da festa dos estudantes, cerca da 1h, altura em que a organização procedia à “contagem do dinheiro” angariado.

O estudante terá sido apanhado pelos tiros disparados “por um grupo de pessoas armadas” que tentaram assaltar a tesouraria da Queima das Fitas, mas sem sucesso, adiantou.

A FAP está a reunir esforços junto da pastoral universitária para que durante a missa da Bênção das Pastas, marcada para domingo, pelas 11h, na Avenida dos Aliados, se possa prestar homenagem ao universitário assassinado.

O presidente da FAP reiterou que a principal “prioridade” da academia do Porto neste momento é enviar os “sentimentos aos amigos e familiares” de Marlon.

O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária. Os dois elementos de uma empresa privada de segurança que ficaram feridos na tentativa de assalto tiveram alta hospitalar.