Regime de Assad acusa União Europeia de “acto de agressão”

Decisão de Bruxelas de autorizar os rebeldes a vender petróleo das zonas por eles controladas criticada por Damasco.

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Sírios pintam antiga bandeira de pais que agora foi adoptada pela oposição a Assad DIMITAR DILKOFF/AFP

“Numa decisão sem precedentes porque é contrária à lei internacional e à carta da ONU (…), a EU decidiu permitir aos seus Estados membros importar petróleo (…) com o pretexto de apoiar a oposição”, considera Damasco, em cartas enviadas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e à presidência do Conselho de Segurança da ONU.

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“Numa decisão sem precedentes porque é contrária à lei internacional e à carta da ONU (…), a EU decidiu permitir aos seus Estados membros importar petróleo (…) com o pretexto de apoiar a oposição”, considera Damasco, em cartas enviadas ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e à presidência do Conselho de Segurança da ONU.

“Trata-se de uma decisão ilegal e de um acto de agressão”, refere o texto.

Segundo Damasco, a UE permitiu estas transações “com a pretensa Coligação da oposição que não representa ninguém na Síria”.

Segunda-feira os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros acordaram no levantamento parcial do embargo petrolífero aplicado desde Setembro de 2011 contra a Síria. O objectivo é permitir que a oposição ao regime de Assad possa relançar a exportação de petróleo a partir dos campos petrolíferos das zonas que já controla, nomeadamente no Leste do país, onde se encontram as maiores reservas de hidrocarbonetos da Síria.

Para Damasco, esta medida equivale a “uma participação no roubo de recursos que pertencem ao povo da Síria, representado pelo governo legítimo actual”. E o texto continua: “A União Europeia prossegue a sua campanha política e económica que visa a economia nacional e o ganha-pão quotidiano dos cidadãos sírios” (uma referência às sanções da EU impostas a Damasco).