Número de armas brancas apreendidas nas prisões subiu em 2012

No ano passado foram apreendidas 104 armas brancas nas cadeias portuguesas.

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Várias facas artesanais foram aprendidas em buscas recentes em Alcoentre e no Porto PÚBLICO
De acordo com estes números, entre 2011 e 2012, as armas brancas apreendidas nas cadeias portuguesas subiram de 89 para 104, e o número de apreensões de telemóveis passou de 1090 para 1211, no mesmo intervalo de tempo.

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De acordo com estes números, entre 2011 e 2012, as armas brancas apreendidas nas cadeias portuguesas subiram de 89 para 104, e o número de apreensões de telemóveis passou de 1090 para 1211, no mesmo intervalo de tempo.

Em informação prestada nesta quarta-feira à agência Lusa, a DGRSP garante, contudo, que nos últimos 25 anos não foi detectada nem aprendida qualquer arma de fogo dentro de estabelecimentos prisionais.

Segundo a DGRSP, no mesmo período temporal (2011-2012) decresceu o número de agulhas apreendidas, respectivamente de 53 para 48 (menos 9%), de seringas apanhadas, que passaram de 73 para 44 (menos 44%), e de agressões a elementos do corpo da guarda prisional, que também diminuíram de 26 para 19 (menos 27%).

Sobre as recentes apreensões nos estabelecimentos prisionais de Alcoentre e do Porto, incluindo de várias facas artesanais e que deixaram apreensivos os sindicatos de guardas prisionais, a DGRSP entende que tais apreensões "devem ser entendidas como parte de uma actividade de vigilância que se pretende constante e aturada", para evitar a entrada e permanência nas cadeias de objectos susceptíveis de perturbar a ordem e a segurança dos funcionários e reclusos do sistema prisional.

E lembra, a propósito, que as buscas, previstas no Regulamento Geral dos Estabelecimentos Prisionais, são um procedimento rotineiro na actividade do sistema prisional, destinado a detectar objectos e bens ilícitos (que escaparam ao controlo de segurança da cadeia) e funcionar como factor de dissuasão à entrada desses mesmos objectos no interior das cadeias.