Tom Stoppard sopra as velas nos 40 anos de The Dark Side of the Moon

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Provavelmente o mais prolífico dos dramaturgos britânicos em actividade, Tom Stoppard, 75 anos, já escreveu mais ou menos sobre tudo (da jardinagem ao adultério, passando pela teoria do caos) para todo o lado (teatro, televisão, cinema, rádio), mas ainda não tinha escrito sobre os Pink Floyd. Agora, quatro décadas depois de ter pensado nisso pela primeira vez, está finalmente a trabalhar numa peça radiofónica de uma hora sobre um dos álbuns seminais da banda, The Dark Side of the Moon, que será emitida pela BBC 2 a 26 de Agosto, dia feriado no Reino Unido.

Dark Side será — como o álbum, integralmente integrado na peça — uma “história fantástica e psicadélica” para vários actores, incluindo Bill Nighy e Rufus Sewell. No centro da intriga, adianta a BBC, estará um jovem casal confrontado com “dilemas modernos” como a ganância, a loucura e o conflito. “Acho que é mais ou menos a primeira vez que se faz uma coisa parecida com isto na rádio”, comentou Stoppard ao The Guardian, acrescentando que durante muito tempo não soube o que fazer com The Dark Side of the Moon — até que se sentou a ouvir o álbum “pela milionésima vez”. Provavelmente não será exagero: os Pink Floyd são uma das influências assumidas do dramaturgo, que numa outra peça de 2006, Rock’n’Roll, aludia declaradamente ao fundador da banda, o já desaparecido Syd Barrett. O guião de Dark Side foi entretanto aprovado por David Gilmour, um dos sobreviventes dos Pink Floyd, que leu o texto e o achou “fascinante”: “Mal consigo esperar para ver o guião a ganhar vida. Não estou a ver melhor maneira de festejar o 40.º aniversário de The Dark Side of the Moon”, disse à BBC.

A notícia parece estar a ser bem recebida pela comunidade musical. Paul Gambaccini, historiador da pop, notou que “o interesse [de Stoppard] pelo rock é verdadeiramente profundo e não há ninguém melhor do que ele em todo o mundo” para esta tarefa. Andrew Collins, crítico, lembrou ainda ao Guardian que o disco se presta particularmente à adaptação radiofónica, “com os efeitos sonoros da máquina registadora na introdução de Money” e a chuva de despertadores e alarmes que abre Time

Lançado em 1973, The Dark Side of the Moon permaneceu nas tabelas britânicas durante 741 semanas (mais de 14 anos, portanto) e tornou-se um dos álbuns mais bem-sucedidos de sempre, com cerca de 50 milhões de cópias vendidas. O actual primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou recentemente que é o disco da sua vida.  

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Provavelmente o mais prolífico dos dramaturgos britânicos em actividade, Tom Stoppard, 75 anos, já escreveu mais ou menos sobre tudo (da jardinagem ao adultério, passando pela teoria do caos) para todo o lado (teatro, televisão, cinema, rádio), mas ainda não tinha escrito sobre os Pink Floyd. Agora, quatro décadas depois de ter pensado nisso pela primeira vez, está finalmente a trabalhar numa peça radiofónica de uma hora sobre um dos álbuns seminais da banda, The Dark Side of the Moon, que será emitida pela BBC 2 a 26 de Agosto, dia feriado no Reino Unido.

Dark Side será — como o álbum, integralmente integrado na peça — uma “história fantástica e psicadélica” para vários actores, incluindo Bill Nighy e Rufus Sewell. No centro da intriga, adianta a BBC, estará um jovem casal confrontado com “dilemas modernos” como a ganância, a loucura e o conflito. “Acho que é mais ou menos a primeira vez que se faz uma coisa parecida com isto na rádio”, comentou Stoppard ao The Guardian, acrescentando que durante muito tempo não soube o que fazer com The Dark Side of the Moon — até que se sentou a ouvir o álbum “pela milionésima vez”. Provavelmente não será exagero: os Pink Floyd são uma das influências assumidas do dramaturgo, que numa outra peça de 2006, Rock’n’Roll, aludia declaradamente ao fundador da banda, o já desaparecido Syd Barrett. O guião de Dark Side foi entretanto aprovado por David Gilmour, um dos sobreviventes dos Pink Floyd, que leu o texto e o achou “fascinante”: “Mal consigo esperar para ver o guião a ganhar vida. Não estou a ver melhor maneira de festejar o 40.º aniversário de The Dark Side of the Moon”, disse à BBC.

A notícia parece estar a ser bem recebida pela comunidade musical. Paul Gambaccini, historiador da pop, notou que “o interesse [de Stoppard] pelo rock é verdadeiramente profundo e não há ninguém melhor do que ele em todo o mundo” para esta tarefa. Andrew Collins, crítico, lembrou ainda ao Guardian que o disco se presta particularmente à adaptação radiofónica, “com os efeitos sonoros da máquina registadora na introdução de Money” e a chuva de despertadores e alarmes que abre Time

Lançado em 1973, The Dark Side of the Moon permaneceu nas tabelas britânicas durante 741 semanas (mais de 14 anos, portanto) e tornou-se um dos álbuns mais bem-sucedidos de sempre, com cerca de 50 milhões de cópias vendidas. O actual primeiro-ministro britânico, David Cameron, afirmou recentemente que é o disco da sua vida.