Sismo no Sudeste do Irão mata 30 pessoas

A empresa que dirige a central de Bushehr disse que não houve incidentes ou alterações no nível de radiação. O abalo de terra foi sentido em todo o Golfo Pérsico.

A central, construída e explorada por uma empresa russa, não foi afectada, disse à agência russa RIA um responsável pela Atomstroyexport. "O sismo não afectou a situação normal do reactor. O pessoal continuou a trabalhar no regime normal e os níveis de radiação estão totalmente de acordo com as normas."

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A central, construída e explorada por uma empresa russa, não foi afectada, disse à agência russa RIA um responsável pela Atomstroyexport. "O sismo não afectou a situação normal do reactor. O pessoal continuou a trabalhar no regime normal e os níveis de radiação estão totalmente de acordo com as normas."

As autoridades do Irão não avançaram pormenores sobre o sismo nem sobre os três mortos. O sismo, informou a agência Reuters, atingiu 6,3 graus na escala aberta de Richter, segundo os serviços geológicos norte-americanos. O seu epicentro foi a 89 km da cidade portuária de Bushehr, junto à qual está a central nuclear.  

Uma mulher que se identificou como Niko disse à Reuters que a sua casa, assim como as dos vizinhos, abanaram. "Os vidros das janelas e os candelabros abanaram todos." Mas não houve mais danos.

O sismo foi sentido no Qatar e no Bahrein, onde alguns escritórios foram esvaziados. O bairro financeiro do Dubai também tremeu com o terramato e as réplicas que se seguiram, contaram testemunhas à Reuters.

Este sismo ficou, porém, longe do que sacudiu o Japão há dois anos e provocou um tsunami que matou milhares de pessoas. Provocou também danos na central nuclear de Fukushima, o que causou fuga de radiação e a retirada de 160 mil pessoas das suas casas - uma enorme percentagem delas ainda não pôde regressar a casa.

Os países do Golfo Pérsico têm criticado o Irão por manter a sua central numa zona do país de grande perigo sísmico, mas as autoridades iranianas respondem que o complexo é seguro.