UGT defende eleições antecipadas se houver um segundo resgate

União Geral de Trabalhadores sustenta que se trataria de “uma demissão grave e um sinal de incompetência”.

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João Proença diz que o Governo não tem condições de negociar" bem um segundo resgate" Carlos Lopes

“Espero que um segundo resgate não seja possível porque, se for necessário, deveria então haver eleições antes desse segundo” pedido de ajuda financeira, disse à agência Lusa, à margem do X Congresso do SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes que terminou hoje em Monte Real, Leiria.

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“Espero que um segundo resgate não seja possível porque, se for necessário, deveria então haver eleições antes desse segundo” pedido de ajuda financeira, disse à agência Lusa, à margem do X Congresso do SITRA - Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes que terminou hoje em Monte Real, Leiria.

O sindicalista considerou “um disparate total” o Governo liderado por Passos Coelho “abrir caminho à assinatura de um segundo memorando”, sustentando que tal seria “uma demissão grave e um sinal de incompetência”.

Por outro lado, João Proença salientou que “este Governo nem sequer tem, condições de negociar bem um segundo resgate”.

Antes, durante um discurso dirigido aos sindicalistas do SITRA, o secretário-geral da UGT reforçou o argumento de que “o Governo não pode utilizar o chumbo do Tribunal Constitucional para assinar um segundo memorando” com o Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia.

“Queremos a troika fora e Portugal nos mercados, não queremos cair na situação da Grécia, onde se assiste a um cenário contínuo de mais sacrifício e desemprego”, frisou.

João Proença afirmou que é preciso estar atento “a um Governo de cabeça de perdida” a “exigir sacrifícios brutais sem conseguir resultados e que possam por em causa o Estado social”.