Leonor Cipriano condenada a sete meses de prisão por falsas declarações

Mulher terá acusado indevidamente agentes da PJ de agressão durante interrogatório.

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Leonor Cipriano acusou inspectores da PJ de a terem agredido PÚBLICO

Leonor Cipriano, que cumpre actualmente 16 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, prestou declarações contraditórias sobre alegadas agressões que tinha sofrido nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) de Faro durante os interrogatórios a que foi submetida nas investigações ao desaparecimento da filha, a 12 de Setembro, na aldeia da Figueira, Portimão.

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Leonor Cipriano, que cumpre actualmente 16 anos de prisão por homicídio e ocultação de cadáver, prestou declarações contraditórias sobre alegadas agressões que tinha sofrido nas instalações da Polícia Judiciária (PJ) de Faro durante os interrogatórios a que foi submetida nas investigações ao desaparecimento da filha, a 12 de Setembro, na aldeia da Figueira, Portimão.

No acórdão do processo em que era acusada de prestar falsas declarações, o colectivo de juízes considerou “flagrantes e relevantes as contradições em que incorreu” Leonor Cipriano durante o julgamento, apesar de ter tido a “oportunidade de revelar a verdade”. O tribunal deu, no entanto, como provadas as agressões, sem, no entanto, ter ficado provada a identidade dos agressores.

No âmbito do mesmo processo, Gonçalo Amaral, ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Portimão, foi absolvido do crime de omissão de denúncia e condenado a um ano e meio pelo crime de falsidade de depoimento, com pena suspensa por igual período. O inspector António Nunes Cardoso foi condenado a dois anos e três meses por falsificação de documento, com pena suspensa por dois anos.

Por sua vez, os ex-agentes da PJ Paulo Pereira Cristóvão, Leonel Morgado Marques e Paulo Marques Bom, todos acusados de ter torturado Leonor Cipriano nos interrogatórios, foram absolvidos.