Quando uma decisão-relâmpago é a melhor opção... e pensar não adianta
Nós, humanos, acreditamos que o facto de ter tempo para pensar permite tomar decisões mais certas. E se isso fosse apenas um preconceito e o cérebro se baseasse muito mais na nossa intuição do que imaginamos?
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando
os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que
querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o
mundo, a pensar e decidir.
A verdade faz-nos mais fortes
O estudo foi liderado por este neurocientista norte-americano no Laboratório de Cold Spring Harbor, nos EUA, antes de ele ter vindo viver para Portugal. Entretanto, já foram obtidos mais resultados cá e outros artigos foram ou deverão ser submetidos para publicação. Mas aquele foi o ponto de partida.
“Muitas vezes, se demorarmos mais tempo, conseguimos melhorar o nosso desempenho”, explica Mainen. Mas há limites: mesmo num exame escolar, após várias horas, isso já não é possível. E, muitas vezes, a melhor decisão pode também consistir em optar sem pensar, intuitivamente. É essa diferença que os cientistas querem elucidar: “Estamos interessados em saber por que algumas decisões parecem beneficiar da atribuição de tempo e outras não; por que é que algumas decisões exigem mais tempo e outras menos. É algo que tem sido pouco estudado.”