Bancos britânicos têm de reforçar capital em 29.400 milhões de euros este ano

Instituições com necessidades de capitalização têm de reforçar os rácios e poderão voltar a ser obrigadas a fazê-lo depois de 2013.

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Os bancos têm de reforçar os rácios de capital por meios próprios Olivia Harris/Reuters

De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Comité de Política Financeira do supervisor bancário, a recapitalização exigida permitirá aos bancos atingirem um núcleo duro de capitais próprios de 7%, em linha com as regras de Basileia III para as instituições financeiras.

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De acordo com o relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Comité de Política Financeira do supervisor bancário, a recapitalização exigida permitirá aos bancos atingirem um núcleo duro de capitais próprios de 7%, em linha com as regras de Basileia III para as instituições financeiras.

O Banco de Inglaterra calculou em 50.000 milhões de libras (perto de 59.000 milhões de euros) a redução de fundos próprios dos bancos, o que significa que as instituições sobrestimaram nesse montante o valor dos seus rácios de capital. O comité não faz referência a qualquer banco. Segundo o jornal britânico Financial Times, é no Royal Bank of Scotland (RBS) e no Lloyds Banking Group, dois bancos parcialmente intervencionados, que estão concentradas estas perdas.

Algumas instituições já atingiram as metas, mas outras terão de reforçar os rácios até ao final do ano, com a possibilidade de voltarem a precisar de um aumento de capital depois de 2013. Os bancos terão de o fazer por meios próprios, tendo o Banco de Inglaterra avisado, ainda em Novembro, que não está em cima da mesa a possibilidade de injectar fundos públicos tanto no RBS como no Lloyds, liderado pelo português António Horta Osório.