Chipre terá acordado nova taxa sobre depósitos com a troika

De acordo com a agência Reuters, em cima da mesa está a aplicação de uma taxa de 20% aos depósitos acima de 100 mil euros no maior banco do país.

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De acordo com vários meios de comunicação social cipriotas, citando fontes próximas do presidente Anastasiades, o acordo com a troika já está conseguido e será oficializado na visita do presidente de Chipre a Bruxelas agendada para amanhã. De seguida, provavelmente na segunda-feira – o último dia do prazo dado pelo Banco Central Europeu a Chipre para resolver a situação – os deputados terão de votar em Nicósia a proposta acordada.

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De acordo com vários meios de comunicação social cipriotas, citando fontes próximas do presidente Anastasiades, o acordo com a troika já está conseguido e será oficializado na visita do presidente de Chipre a Bruxelas agendada para amanhã. De seguida, provavelmente na segunda-feira – o último dia do prazo dado pelo Banco Central Europeu a Chipre para resolver a situação – os deputados terão de votar em Nicósia a proposta acordada.

De acordo com a agência Reuters, em cima da mesa está a aplicação de uma taxa de 20% aos depósitos acima de 100 mil euros realizados no maior banco do país: o Banco do Chipre. Aos restantes bancos, também para os depósitos acima de 100 mil euros, aplica-se uma taxa de 4%. O segundo maior banco, o Laiki (Popular), deverá ser alvo de uma divisão em banco bom e banco mau, ficando garantido o acesso aos depósitos a quem tenha menos de 100 mil euros nas suas contas. Com estas medidas, o Governo deverá atingir os 5800 milhões de euros exigidos pela troika para emprestar os 10.000 milhões adicionais que o país precisa para evitar a falência do seu sector financeiro.

Ainda assim, quando abrirem os bancos, o dinheiro disponível para os clientes deverá ficar sujeito a fortes limitações. Na sexta-feira, o Parlamento, além de aprovar a reestruturação das instituições financeiras do país, avançou ainda para uma série de regras que permitem ao Governo impor restrições extremamente apertadas ao movimento de capitais, como limitar os montantes que podem ser levantados diariamente dos bancos ou transformar depósitos à ordem em depósitos a prazo.