Freitas do Amaral defende novo primeiro-ministro da mesma maioria

“O Governo está perante um dilema: ou muda de política ou o país muda de Governo", diz o fundador do CDS.

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Freitas não poupa o Governo de Passos daniel rocha

Para o fundador do CDS, que foi também membro do executivo socialista liderado por José Sócrates, “ou o Governo muda de política ou o país muda de Governo”, referindo-se à acção da sociedade civil, designadamente os “manifestantes de rua”, e considerando que o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, também “falhou tudo”, portanto “falhou a sua missão”.

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Para o fundador do CDS, que foi também membro do executivo socialista liderado por José Sócrates, “ou o Governo muda de política ou o país muda de Governo”, referindo-se à acção da sociedade civil, designadamente os “manifestantes de rua”, e considerando que o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, também “falhou tudo”, portanto “falhou a sua missão”.

“O Governo está perante um dilema: ou muda de política ou o país muda de Governo. Quem fez a declaração mais sábia e acertada nos últimos tempos foi Alberto João Jardim, que preconizou que a melhor solução para Portugal, neste momento, era outro Governo da actual maioria, sem eleições, mas com outro primeiro-ministro, escolhido, naturalmente, pelo PSD”, afirmou Freitas, à margem da apresentação, em Lisboa, de uma biografia de outro “histórico” da democracia portuguesa, o antigo Presidente Mário Soares. E considerou que tal “solução era bem melhor” do que Portugal continuar como está, “sem esperança nenhuma de melhorar ou ir para eleições sem esperança nenhuma de ter um Governo maioritário”.

“O ministro das Finanças, se não sair ao mesmo tempo que o primeiro-ministro, vai sair antes dele. Falhou tudo, falhou tudo. Foi apresentado como o tecnocrata que não falhava as suas previsões, com grande competência técnica. Falhou a sua missão”, sublinhou o antigo político, escusando-se a opinar sobre uma imediata remodelação do Governo.

Confiando que o Presidente da República poderá não ter de entrar em acção, já que existem “cidadãos, comunicação social, partidos, manifestantes de rua e outras instituições da sociedade civil”, Freitas do Amaral frisou que “as apostas” de Gaspar “saíram frustradas” e que o ministro ou o líder do executivo “têm de tirar daí as suas ilações: “Ou então estamos a brincar às democracias”.