Casamento gay: juristas franceses contra “o mercado de crianças”

Com a aproximação da votação no Senado da lei do “casamento para todos”, 170 juristas declaram-se contra a adopção por casais do mesmo sexo.

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A primeira grande manifestação contra a lei do casamento gay socialista foi a 18 de Novembro CHRISTIAN HARTMANN/REUTERS

No texto enviado aos senadores pode ler-se : “A criança adoptada por dois homens ou duas mulheres será dotada de educadores, de adultos referentes, mas privada de pais, pois esses ‘pais’ do mesmo sexo não lhe poderão indicar uma origem, mesmo que seja simbólica. A criança será duas vezes privada de pais: uma primeira vez pela vida, uma segunda vez pela lei”, lê-se na carta citada pelo jornal Le Figaro.

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No texto enviado aos senadores pode ler-se : “A criança adoptada por dois homens ou duas mulheres será dotada de educadores, de adultos referentes, mas privada de pais, pois esses ‘pais’ do mesmo sexo não lhe poderão indicar uma origem, mesmo que seja simbólica. A criança será duas vezes privada de pais: uma primeira vez pela vida, uma segunda vez pela lei”, lê-se na carta citada pelo jornal Le Figaro.

“O projecto-lei prevê a adopção da criança em conjunto pelo casal do mesmo sexo (…) Essa criança virá, na maioria dos casos, de uma inseminação artificial ou de uma gestação praticada no estrangeiro. Essa criança terá sido determinada mesmo antes da sua concepção, sem ligação ao seu pai nem à sua mãe e voluntariamente privada de um e de outro”, continua a carta.

Os juristas consideram que o texto da proposta de lei do casamento gay “convida a ir fabricar crianças no estrangeiro, o que é inaceitável” e denunciam “a selecção pelo dinheiro para organizar o mercado de crianças em França”.

Numa outra iniciativa paralela, Jean-François Copé, Líder da UMP (direita, na oposição) já convocou os militantes do seu partido a manifestarem-se “em massa” no dia 24 de Março contra “o casamento para todos”. O Le Monde diz que o local da manifestação ainda não foi escolhido.