Vice-presidente do PE teve uma síncope durante votação

Deputado grego em estado "muito grave".

Foto
Georgios Papastamkos Reuters

Perto das 14h30, e depois de mais de duas horas ininterruptas de votação na sede do PE, em Estrasburgo, o deputado grego, de 58 anos, pediu uma interrupção da sessão por alguns minutos "por motivos pessoais", levantou-se, deu uns passos e caiu no chão.

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Perto das 14h30, e depois de mais de duas horas ininterruptas de votação na sede do PE, em Estrasburgo, o deputado grego, de 58 anos, pediu uma interrupção da sessão por alguns minutos "por motivos pessoais", levantou-se, deu uns passos e caiu no chão.

Três deputados médicos socorreram-no de imediato, prestando-lhe assistência durante os cerca de 30 minutos que foram necessários para a chegada de uma ambulância. Cerca de uma hora depois, Martin Schulz, presidente do PE, retomou a sessão plenária com o anúncio da hospitalização do deputado grego, afirmando que o seu estado é "muito grave". "Não estou em condições de dizer nada de definitivo em termos de diagnóstico, mas a situação é muito séria", insistiu.

A indignação instalou-se durante a tarde no PE pela demora na chegada da ambulância, mas, sobretudo, na obtenção de um equipamento médico adequado, incluindo um desfibrilhador, para assistir o deputado.

A síncope de Papastamkos aconteceu no meio de uma polémica entre os deputados devido ao arrastamento dos votos de várias centenas de propostas de alteração ao relatório do eurodeputado português Luís Capoulas Santos sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC).

Já no final da votação, quando os deputados se preparavam para aprovar outros textos, a celeuma instalou-se no hemiciclo, com vários deputados a pedirem um adiamento dos votações para o dia seguinte, outros a recusarem e outros ainda a queixarem-se de terem perdido compromissos importantes devido ao arrastamento da sessão plenária pela hora do almoço. Foi nesta altura que o vice-presidente grego pediu subitamente a suspensão da sessão.

Na sua comunicação aos deputados, Schulz avisou os deputados de que o PE tem de "repensar a forma como as votações são organizadas". "As votações maciças que tivemos hoje não poderão ser repetidas por muito mais tempo".