O estreante Málaga foi mais maduro do que o FC Porto

“Dragões” foram afastados da Liga dos Campeões com derrota em Espanha. Os portistas entraram bem, mas deitaram tudo a perder no fim da primeira parte e com a expulsão de Defour no início da segunda

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O Málaga anulou a desvantagem no final da primeira metade e depois ficou com a eliminatória bem mais facilitada com o segundo amarelo a Defour (49’), que deixou o FC Porto a jogar quase toda a segunda parte em inferioridade numérica.

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O Málaga anulou a desvantagem no final da primeira metade e depois ficou com a eliminatória bem mais facilitada com o segundo amarelo a Defour (49’), que deixou o FC Porto a jogar quase toda a segunda parte em inferioridade numérica.

Até ao encontro do La Rosaleda, o FC Porto tinha séries assinaláveis contra equipas espanhola: seis eliminatórias seguidas de sucesso e oito jogos sem perder.

Mas foi o notável saldo do Málaga que ganhou ainda mais destaque no final: em 26 jogos europeus, os boquerones só perderam dois (curiosamente, ambos no Porto e por 1-0, com FC Porto e Boavista).

Nesta quarta-feira, também houve um Francisco muito falado no mundo do futebol. Conhecido por Isco, o médio ofensivo, que em Dezembro foi considerado o Golden Boy 2012, prémio que o jornal italiano Tuttosport atribui ao melhor futebolista sub-21 da Europa, ajudou a desequilibrar a balança a favor do Málaga. O jogador de 20 anos inaugurou o marcador com um bom remate de fora da área e marcou o canto que Roque Santa Cruz transformou no segundo golo (77’).

Antes, porém, foi o FC Porto que mandou mais. Os “dragões” entraram a pressionar muito e conseguiram, na primeira meia hora, níveis de posse de bola idênticos aos do Dragão. Mas, com o seu Golden Boy James no banco, sem efeitos práticos.

Nesta altura percebeu-se que o árbitro Nicola Rizzoli não tinha dificuldade em tirar o cartão amarelo do bolso — e o FC Porto foi o que menos soube jogar com isso.

As diagonais de Joaquín e os passes errados e precipitações dos portistas na frente ajudaram o Málaga a entrar no jogo. Antes de marcarem, os espanhóis viram ainda um golo do ex-benfiquista Saviola ser mal anulado (Baptista não fez falta sobre Helton).

O erro do guardião brasileiro naquele lance foi um prenúncio do que Defour cometeria, ao fazer uma falta imprudente sobre Joaquín, recebendo o segundo amarelo. Com menos um e esgotado fisicamente, o FC Porto quis, mas não pôde — Jackson, após um livre de James, teve talvez a melhor oportunidade, mas a bola saiu ao lado.