Passos Coelho defende necessidade de prosseguir reformas com “firmeza e resiliência”

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Foto: Miguel Riopa/AFP

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Na intervenção com que abriu o debate quinzenal com o Governo no Parlamento, o chefe do Governo devolveu ainda a crítica dos que apontam insensibilidade social ao executivo por prosseguir com as reformas previstas no programa de ajustamento.

"Alguns entendem que o Governo ao determinar essa resiliência não tem sensibilidade social. Eu gostaria de dizer, em particular aos partidos da oposição, que não foi com certeza a fina sensibilidade social que levou o anterior Governo a pedir um resgate externo (...) ou que empurrou o país para um nível de dívida pública em percentagem da riqueza criada no país tão elevado como o que temos”, referiu.

Na abertura do debate, o primeiro-ministro começou por afirmar que “é preciso seguir com firmeza e resiliência” o caminho que o Governo tem vindo a seguir.

Para Pedro Passos Coelho, os parceiros de Portugal instam o país a “prosseguir o caminho das reformas” porque “só há sustentabilidade” e o resultado do programa “só será duradouro para futuro na medida em que seja acompanhado de reforma estrutural importante”.

“Foi a ausência dessa reforma, aliada à falta de competitividade económica, que nos trouxe a um nível de elevado endividamento (...) Só aplicando um programa ambicioso de reformas estruturais será possível no futuro não ter novamente um problema de desequilíbrio estrutural”, disse.

“É muito importante que depois de termos executado mais de dois terços do programa estrutural que estava incluído no memorando de entendimento, se esses resultados não são visíveis rapidamente não é possível de forma sustentada no futuro voltar a crescer e a criar emprego sem que essas medidas de ajustamento estrutural tenham lugar”, acrescentou.