Divulgadas as mais detalhadas imagens do cérebro humano

Investigadores norte-americanos divulgaram as imagens até hoje mais detalhadas do cérebro humano, no âmbito de um projecto internacional para compreender como as estruturas cerebrais determinam a personalidade.

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As primeiras imagens e dados divulgados provêm de 68 adultos voluntários. Além das numerosas imagens do seu cérebro, o projecto fornece também informações sobre os seus traços de personalidade, capacidades intelectuais, características emocionais e funções perceptuais.

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As primeiras imagens e dados divulgados provêm de 68 adultos voluntários. Além das numerosas imagens do seu cérebro, o projecto fornece também informações sobre os seus traços de personalidade, capacidades intelectuais, características emocionais e funções perceptuais.

“Disponibilizando imediatamente estes dados únicos e continuando a publicar regularmente novidades todos os trimestres, o  Projecto do Conectoma Humano permite à comunidade científica começar a explorar as relações entre os circuitos cerebrais e os comportamentos individuais”, explicou David van Essen, um dos principais responsáveis deste consórcio científico, que inclui mais de 100 investigadores.

Segundo Van Essen, professor na Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em Saint Louis (Missouri), este estudo “terá um grande impacto na compreensão da função cerebral dos adultos saudáveis”.

Permitirá ainda “estabelecer a base para futuros projectos de investigação, que analisarão as mudanças nos circuitos cerebrais que estão na origem de uma grande variedade de doenças mentais”, adiantou o cientista, citado pela AFP.

Os primeiros dados agora divulgados dão informações acerca da conectividade do cérebro em cada um dos 68 participantes, utilizando duas técnicas diferentes de visualização do cérebro por ressonância magnética nuclear (RMN).

A primeira, designada RMN funcional em repouso (resting-state), revela os padrões complexos de actividade espácio-temporal espontânea, à escala de todo o cérebro, que se verificam na matéria cinzenta (que contém os neurónios), explica um comunicado da Universidade de Washington.

O segundo método, dito de visualisação por difusão, fornece informação sobre as fibras nervosas, contidas na matéria branca, que asseguram a comunicação de longa distância entre diversas estruturas do cérebro.

Os voluntários foram ainda submetidos a uma RMN funcional do cérebro enquanto executavam uma série de tarefas, obtendo-se assim uma grande quantidade de dados sobre os padrões de activação do cérebro.